A líder opositora María Corina Machado afirmou neste domingo (8) que Edmundo González Urrutia, ex-candidato da Plataforma Unitária Democrática (PUD) que disputou e venceu - segundo atas reconhecidas pelos EUA que foram publicadas na internet - o ditador Nicolás Maduro na eleição de julho, estava correndo risco de vida devido à perseguição perpetrada contra ele pelo regime chavista.
Por meio de uma post em suas redes sociais, Machado denunciou a escalada de ameaças e ataques contra González, que pediu asilo político na Espanha, país para o qual viajou neste sábado (7). Segundo Machado, o regime de Maduro não tem "escrúpulos nem limites" em sua tentativa de silenciar opositores.
"Sua vida corria perigo, e as crescentes ameaças, intimações, ordens de prisão e até mesmo as tentativas de chantagem e coação das quais ele foi alvo demonstram que o regime não tem escrúpulos nem limites em sua obsessão de silenciá-lo e tentar dobrá-lo", escreveu Corina Machado, segundo citou o jornal venezuelano El Nacional.
González Urrutia deixou a Venezuela neste sábado após enfrentar uma série de acusações do regime chavista, incluindo "instigação à desobediência" e "conspiração". As acusações culminaram em um mandado de prisão contra ele, expedido pela Justiça chavista, após o Ministério Público, controlado por Tarek Saab, um aliado de Maduro, convocar o opositor três vezes para prestar depoimento na “investigação” do chavismo contra as atas que foram publicadas pela PUD na internet, que confirmam a derrota do ditador Maduro.
Machado classificou as ações do regime chavista como "terrorismo de Estado". Ela também ressaltou que o regime de Maduro está cada vez mais “deslegitimado”.
"Esta operação do regime e de seus aliados é mais uma evidência de seu caráter criminoso, que os deslegitima e afunda cada vez mais. Mas, mais uma vez, eles se enganaram. Sua tentativa de golpe de Estado contra a Soberania Popular não se concretizará", afirmou no X, conforme noticiou o portal venezuelano Efecto Cocuyo.
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