O general da reserva e dirigente opositor Lino César Oviedo pediu que o presidente Fernando Lugo deixe a presidência do Paraguai, após ter um câncer no sistema linfático diagnosticado. Segundo Oviedo, é melhor o líder deixar o poder nas mãos do vice-presidente Federico Franco "para se preocupar 100% com sua saúde".
"Sua enfermidade é extremamente maligna, pode ter cura, como pode não ter", afirmou Oviedo, líder da terceira força política no Parlamento paraguaio. Lugo conversou hoje com jornalistas, mas não comentou as declarações de Oviedo. "Gostaríamos de ter um Parlamento mais ágil, para que se solucionem com racionalidade alguns temas do cronograma do país", disse Lugo.
O mandatário se referiu à demora para aprovar embaixadores no Brasil, Argentina e Uruguai, como também diretores das usinas hidrelétricas binacionais Yacyretá, com a Argentina, e Itaipu, com o Brasil.
Lugo não realizou no fim de semana nenhuma atividade, a pedido dos médicos, após a segunda sessão de quimioterapia a que foi submetido para combater um câncer, aparentemente de baixa malignidade, detectado na virilha, no tórax e na terceira vértebra lombar.
Oviedo é líder do partido União Nacional de Cidadãos Étnicos (Unace). A sigla foi fundada em 2000, na cidade brasileira de Foz do Iguaçu (PR), quando Oviedo era considerado fugitivo no Paraguai, acusado de agir como golpista.
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