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A dirigente da oposição, María Corina Machado, chamada de "assassina" pelo presidente, Nicolás Maduro, convocou neste sábado (7) uma concentração para amanhã, domingo, em Caracas, em que se definirá "a rota à libertação da Venezuela".

Por meio de um vídeo, a líder, acusada de planejar uma tentativa de assassinato contra Maduro, disse que convocava a população que entende "o poder da rua na luta política, a avançar" no combate ao governo.

"É hora de avançar em nossa luta contra este pesadelo. Após o despertar da Venezuela com os protestos populares iniciados em fevereiro, agora devemos entrar em uma segunda etapa na rota da liberdade", disse Machado.

Convocada para uma praça que divide o populoso município de Libertador, que tem como prefeito o dirigente do Partido Socialista (PSUV) Jorge Rodríguez, com o município de Chacao, que tem o oposicionista Ramón Muchacho, permitirá "traçar a rota de libertação da Venezuela", antecipou Machado.

Será um ato em solidariedade ao líder opositor Leopoldo López, detido e processado por sua suposta responsabilidade nos fatos violentos de 12 de fevereiro que deram início à onda de protestos contra o governo, alguns dos quais derivaram em confrontos que deixaram 42 pessoas mortas.

O partido de López, Vontade Popular (VP), se uniu à convocação e seu coordenador político, Freddy Guevara, pediu que os manifestantes vistam branco nessa praça de Caracas e que também o façam em outras "das principais cidades do país para traçar a rota constitucional que permita uma mudança no país".

"No domingo traçaremos uma nova etapa da luta de resistência, um caminho que sempre foi democrático", insistiu Guevara em declarações a jornalistas, e previu que em Caracas será "grande" a concentração contra Maduro.

O presidente chamou Machado de "assassina" depois de o prefeito de Libertador denunciar, na quarta, "um complexo plano dirigido a acabar com a paz que incluía o assassinato do presidente e um golpe militar".

Para apoiar essa denúncia, Rodríguez mostrou vários e-mails atribuídos à ex-deputada, nos quais se liam mensagens a diferentes atores da oposição venezuelana, um deles mencionando o novo embaixador dos Estados Unidos na Colômbia, Kevin Whitaker.

Em um deles, Machado teria dito que tinha chegado a hora de acumular esforços e obter "financiamento para aniquilar Maduro".

Machado foi citada, junto de outros opositores, pela comissão dos delitos, segundo a procuradoria, por agir "contra a independência e a segurança da nação e por formação de quadrilha", tipificados na Lei contra a Delinquência Organizada e o Terrorismo.

A opositora teve o cargo de deputada cassado depois de tentar participar de uma sessão da Organização dos Estados Americanos (OEA) como parte da representação do Panamá para denunciar a situação de violação dos direitos humanos que denuncia na Venezuela.

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