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Parte da segunda maior cidade do Iêmen, Taiz, está sob controle de homens pertencentes a tribos que fazem oposição ao governo, disseram hoje autoridades da área de segurança. O avanço sobre Taiz mostra que o já tênue controle do governo sobre o país diminuiu ainda mais desde que o presidente Ali Abdullah Saleh ficou ferido, após um ataque contra o complexo presidencial em Sanaa na sexta-feira. Ele está em tratamento na Arábia Saudita e o Iêmen está sob o comando do vice-presidente, Abdrabuh Mansur Hadi.

Funcionários do setor de segurança disseram, em condição de anonimato, que Taiz, cidade de cerca de 1 milhão de habitantes localizada a 250 quilômetros de Sanaa, estava tranquila hoje, depois de dois dias de combates nos quais tropas leais ao governo lutaram contra opositores que tentavam invadir o palácio presidencial da cidade.

Taiz tem sido o palco de alguns dos maiores protestos contra Saleh desde que o levante teve início, em fevereiro. Combatentes tribais entraram na cidade na semana passada e atacaram tropas do governo, aparentemente para proteger manifestantes ou tentar se vingar das mortes ocorridas durante a repressão.

Mortes

Cerca de 30 corpos foram retirados hoje de áreas no entorno da capital do Iêmen, disseram testemunhas. Ocorreram confrontos nessa região na semana passada entre membros de tribos e forças de segurança. Dez corpos foram encontrados em uma delegacia no distrito de Al-Hassaba, no norte da capital, onde a tribo Ahmar se concentra, relataram testemunhas.

Outros corpos foram encontrados em ruas próximas à casa de Ahmar um importante líder tribal. Segundo fontes de tribos, 18 outros corpos foram encontrados em Arhab, 30 quilômetros ao norte da capital. Entre os mortos havia 12 membros da Guarda Republicana, uma força de elite liderada por Ahmed Saleh, irmão do presidente.

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