O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, agradeceu nesta sexta-feira (22) ao premiê da Hungria, Viktor Orbán, por seu “caloroso apoio” após o mandado de prisão emitido contra o israelense pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), assim como pelo convite para visitar Budapeste com garantias de que não será preso.
“Agradeço ao primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, por seu caloroso apoio a mim e ao Estado de Israel”, disse Netanyahu em comunicado, no qual explica que o húngaro lhe enviou uma "carta de encorajamento" na qual também o convidou a fazer uma visita diplomática ao seu país.
O líder húngaro, um dos principais aliados de Israel na União Europeia (UE), disse à imprensa que a decisão do TPI é “chocantemente descarada” e “cínica”.
“Diante da fraqueza vergonhosa daqueles que apoiaram a decisão ultrajante contra o direito do Estado de Israel de se defender, a Hungria - como nossos amigos nos Estados Unidos - mostra clareza moral e resiliência”, declarou o primeiro-ministro israelense.
Netanyahu poderá realizar importantes conversas na Hungria “com segurança suficiente” se aceitar o convite, disse Orbán.
Netanyahu poderá ser preso se colocar os pés em qualquer país signatário da Convenção de Roma, que estabeleceu o TPI - todos os países da UE, inclusive a Hungria - embora a decisão final caiba ao país no momento oportuno.
O TPI emitiu mandados de prisão nesta quinta-feira (21) para Netanyahu e seu ex-ministro da Defesa Yoav Gallant por supostos crimes de guerra e crimes contra a humanidade na Faixa de Gaza desde pelo menos 8 de outubro do ano passado.
Os juízes também aprovaram o mandado de prisão para o chefe militar do grupo terrorista Hamas, Mohammed Deif, que Israel alegou ter sido morto em um ataque israelense na Faixa de Gaza em julho, embora isso nunca tenha sido confirmado pelo grupo, nem tenha sido possível para a procuradoria do tribunal fazê-lo.
Em maio, o procurador-chefe do TPI, Karim Khan, solicitou mandados de prisão também para o chefe do escritório político do Hamas, Ismail Haniyeh, e para o líder do grupo terrorista dentro da Faixa e mentor do ataque de 7 de outubro, Yahya Sinwar, mas ambos estão mortos, devido a um ataque israelense em Teerã, em julho, e a combates com tropas em Rafah, em outubro, respectivamente.
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