Maior aliado de Putin na OTAN, o premiê da Hungria, Viktor Orbán, disse que a vitória de Trump nos EUA também seria decisiva para acabar a guerra no leste europeu| Foto: EFE/EPA/VIVIEN CHER BENKO/Gabinete do primeiro-ministro da Hungria
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O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, afirmou nesta sexta-feira (7) que evitar uma expansão da guerra na Ucrânia, provocada pela invasão da Rússia em fevereiro de 2022, depende de as forças de direita vencerem as eleições para o Parlamento Europeu deste final de semana.

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“A cada dia que passa, a esperança de parar a guerra russo-ucraniana diminui, mas nas eleições europeias teremos uma oportunidade”, disse Orbán em declarações à emissora de rádio pública Kossuth.

O político conservador, maior aliado de Moscou entre os líderes da União Europeia (UE), apresenta-se como o defensor da paz contra a “psicose bélica” da qual acusa outros líderes europeus, como o presidente da França, Emmanuel Macron.

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Macron anunciou ontem o envio de caças à Ucrânia para ajudar este país a defender-se da invasão russa.

“Neste final de semana, teremos uma oportunidade e depois, no outono, se Donald Trump regressar [para se tornar presidente dos Estados Unidos], formaremos uma coligação de paz e com isto iremos parar [a guerra]”, disse Orbán.

O primeiro-ministro já afirmou anteriormente que espera uma vitória nas eleições europeias para as forças de direita que, argumenta, são as que querem a paz na Ucrânia.

“Está sendo preparado um conflito armado indireto [na Europa]”, alegou Orbán, apresentando-se como o único líder que apoia a paz, através de uma negociação com a Rússia, mesmo que isso implique que a Ucrânia aceite perdas territoriais. Na verdade, Orbán acredita que a Europa está perto de um ponto “sem retorno”.

Hungria e Turquia são os únicos membros da OTAN que até agora não apoiaram militarmente a Ucrânia.

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Orbán também critica as sanções da União Europeia contra a Rússia, mas até agora votou a favor de todos os pacotes de punições por conta da agressão contra a Ucrânia.

Em relação à OTAN, o primeiro-ministro reiterou que a Hungria “deve ficar de fora” daquilo que chamou de “missão da aliança na Ucrânia”, pois, caso contrário, entregaria parte da sua soberania ao grupo militar.

Segundo as últimas sondagens, o partido Fidesz, de Orbán, terá 43% dos votos e 11 das 21 cadeiras para deputados húngaros no Parlamento Europeu.

Já o novo partido de oposição de centro-direita Tisza teria sete representantes, enquanto a coligação progressista alcançaria dois e o direitista Nossa Pátria, um.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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