A China vai aumentar os gastos com Defesa em 17,8% em 2007, acelerando uma série de aumentos anuais de dois dígitos em dinheiro destinados a modernizar as Forças Armadas da nação emergente, para refletir seu vigor econômico.

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Jiang Enzhu, porta-voz do Congresso Nacional do Povo, disse no domingo que o orçamento planejado para o Exército neste ano era de 350,92 bilhões de iuans (cerca de US$ 44,94 bilhões), um aumento de 52,99 bilhões de iuans (ou US$ 6,78 bilhões) em relação ao orçamento de 2006.

A China vem aumentando seus gastos militares desde 1990 após muitos anos de orçamentos reduzidos. Jiang disse que o país não irá ameaçar outras nações.

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- Nos últimos anos, a China aumentou continuamente seus gastos baseada no desenvolvimento econômico - afirmou Jiang. - A China não tem nem os recursos necessários nem a intenção de entrar em uma corrida armamentista com outros países. A China não constitui uma ameaça a nenhum país.

No domingo, o vice-secretário de Estado norte-americano, John Negroponte, disse que não era o aumento no orçamento em si que preocupava os Estados Unidos, mas a falta de transparência da China sobre as intenções de sua ampliação militar.

O vice-presidente norte-americano, Dick Cheney, em uma recente visita à Ásia, disse que os testes anti-satélite da China e sua preparação militar "não correspondiam com o objetivo declarado de Pequim de crescimento pacífico.''

O aumento de 17,8% é o maior da última década e foi anunciado dois meses após a China testar um míssil anti-satélite, criticado por militares desde Washington até capitais regionais.

A administração Bush requisitou US$ 484,1 bilhões para o Departamento de Defesa para o próximo ano fiscal, que começa em outubro de 2007. Este montante não leva em conta operações militares no Iraque e Afeganistão.

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- Comparado com outros países, especialmente grandes potências, os gastos da China com a Defesa são relativamente baixos - disse Jiang.

Mas especialistas internacionais estimam que o verdadeiro gasto da China deve ser três ou quatro vezes maior do que o total divulgado oficialmente, com dinheiro investido no desenvolvimento e compra de armas, programas e negócios secretos e forças paramilitares sem registros.