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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou novas ordens executivas nesta segunda-feira (27) com a finalidade de reestruturar o Exército nacional. Entre elas está uma que visa restringir o recrutamento de transgêneros nas forças armadas americanas, cujo título é "Priorizando a excelência militar e a prontidão".
Segundo um dos documentos, as novas ações estão "comprometidas com a meritocracia e com a eliminação da discriminação baseada em raça e sexo dentro das Forças Armadas dos Estados Unidos".
A nova medida orienta o Secretário de Defesa, Pete Hegseth, a atualizar os "padrões médicos" para garantir que os militares sejam preparados para "priorizar a prontidão e a letalidade". Apesar das mudanças, a ação não bane imediatamente do serviço membros que sejam transgênero.
O documento assinado por Trump diz que o Exército deve "acabar com o uso de pronomes inventados e baseados em identificação" e com a propagação de iniciativas de diversidade, equidade e inclusão (políticas DEI) nas forças armadas que causam "divisão" e "discriminação". As ações se aplicam ao Departamento de Defesa e ao Departamento de Segurança Interna.
A ordem estabelece também a separação de instalações para dormir, trocar de roupa e tomar banho por sexo biológico. Segundo indicado pelo documento, essa não é uma proibição imediata, mas uma "orientação" para o secretário de Defesa implementar tais políticas.
“A coesão da unidade [do Exército] requer altos níveis de integridade e estabilidade entre os membros do serviço”, diz um informativo da Casa Branca sobre a ordem. De acordo com o governo Trump, o Exército tem uma missão clara de "proteger o povo americano a pátria como a força de combate mais letal e eficaz do mundo".
Ainda segundo o documento, "esse foco singular no desenvolvimento do ethos guerreiro, e a busca pela excelência militar não podem ser diluídos para acomodar agendas políticas ou outras ideologias prejudiciais à coesão da unidade".
A medida assinada por Trump diz ainda: "Consistente com a missão militar e a política de longa data do Departamento de Defesa, expressar uma falsa 'identidade de gênero' divergente do sexo de um indivíduo não pode satisfazer os padrões rigorosos necessários para o serviço militar".
As mudanças requeridas pela presidente devem ser apresentadas no prazo de 60 dias, enquanto as etapas e orientações para implementar a ordem devem ser estabelecidas dentro de um mês.
Pete Hegseth respondeu prontamente às demandas de Trump nesta segunda-feira, em declarações concedidas a repórteres no Pentágono: “Nosso trabalho é letalidade, prontidão e combate, e vamos seguir nesse caminho”.
Outra ordem assinada nesta segunda-feira reintegra mais de oito mil militares que foram dispensados por se recusarem a tomar a vacina contra a Covid-19 durante a pandemia.
No dia da posse, em 20 de janeiro, Trump já havia assinado decreto que definia gêneros apenas como masculino e feminino.
A íntegra das ordens assinadas pelo presidente nesta segunda-feira estão disponíveis nos links: Reintegração de membros do serviço militar dispensados sob o mandato de vacinação da Covid-19; Restaurando a força de combate da América; e Priorizando a excelência militar e a prontidão.