O Centro Simon Wiesenthal (CSW), uma organização judaica internacional de defesa dos direitos humanos, criticou nesta quarta-feira (21) as posições de Brasil, Bolívia, Colômbia e Chile sobre o conflito em curso no Oriente Médio entre Israel e o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza.
O CSW condenou as declarações dos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; da Bolívia, Luis Arce; e da Colômbia, Gustavo Petro, que compararam a ofensiva de Israel contra o Hamas em Gaza ao Holocausto, o genocídio de seis milhões de judeus pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, perpetrado pelo regime de Adolf Hitler.
Para o CSW, Lula escalou o conflito diplomático que gerou ao acusar Israel de “genocídio” e afirmar que “o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não aconteceu em nenhum momento da história, exceto quando Hitler decidiu matar os judeus”.
A organização considerou que Israel declarou Lula persona non grata até que ele se retrate ou peça desculpas, mas que o presidente brasileiro decidiu chamar de volta o embaixador em Israel e convocar o embaixador israelense em Brasília para exigir explicações.
O CSW também rejeitou o fato de que os presidentes da Colômbia e da Bolívia tenham expressado sua solidariedade a Lula em sua acusação contra Israel.
“É impressionante que eles busquem uma solução mágica para o conflito por meio da cessação da ação de Israel”, pontuou a organização.
“Se fossem sinceros em suas intenções, deveriam estar defendendo com todas as forças a rendição do Hamas, o retorno dos reféns e o estabelecimento de fronteiras seguras. Com suas declarações nunca inocentes, eles demonstram que não se importam nem um pouco com o povo palestino. Eles só se preocupam em atacar Israel e fazer amizade com o Irã”, declarou em comunicado o diretor do CSW para a América Latina, Ariel Gelblung.
O CSW também demonstrou irritação com o fato de que a representante chilena na Corte Internacional de Justiça (CIJ), Ximena Fuentes, tenha acusado Israel de “violação sistemática do direito internacional” como política de Estado, ao perpetuar o conflito e manter uma ocupação constante da Palestina, impedindo uma solução de dois Estados.
“Se Fuentes pudesse rever as vezes que Israel propôs planos de paz respeitando a solução de dois Estados e que cada um deles foi rejeitado por sua contraparte, daria meia-volta e viajaria de volta a Santiago. Na verdade, não há uma proposta de paz implícita em sua apresentação nem uma indicação de quem seria um interlocutor válido para um diálogo com Israel”, concluiu Gelblung no comunicado.
Israel declarou guerra ao grupo terrorista Hamas depois dele ter realizado um ataque brutal em solo israelense que deixou cerca de 1,2 mil mortos e 250 sequestrados, 130 dos quais permanecem presos no enclave no enclave palestino. A ofensiva israelense visa eliminar o Hamas e resgatar os reféns que ainda estão em Gaza. (Com Agência EFE)
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