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Organização para a Proibição de Armas Químicas ganha o Nobel da Paz

A Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) ganhou nesta sexta-feira (11) o Prêmio Nobel da Paz 2013, por seus "amplos esforços para eliminar" esses armamentos, principalmente em relação ao seu papel no conflito da Síria, anunciou o Comitê do Prêmio Nobel da Noruega em Oslo.

"Os fatos recentes na Síria, onde houve a utilização de armas químicas, evidenciaram a necessidade de se aumentar os esforços para eliminá-las", explicou Thorbjoern Jagland, secretário do Comitê do Prêmio Nobel da Noruega.

Na decisão, foi lembrado que ainda existem países que não assinaram a Convenção sobre a Proibição de Armas Químicas e que outros, como os EUA e Rússia, não cumpriram os prazos para a eliminação de seus arsenais.

Com sede em Haia, a Opaq é a organização encarregada de aplicar a Convenção sobre a Proibição de Armas Químicas, que entrou em vigor em 1997 e foi assinada por 189 países, decididos em livrar o mundo desse tipo de armamento.

A decisão a favor da Opaq surpreendeu a imprensa, já que na reta final para o anúncio do prêmio a jovem paquistanesa Malala Yusufzai era considerada como favorita. A adolescente de 16 anos foi baleada no ano passado pelos talibãs por defender a educação feminina em seu país.

No entanto, a emissora de televisão pública da Noruega, "NRK", informou nesta manhã que o Comitê do Prêmio Nobel tinha decidido que Malala não seria laureada com prêmio devido à sua pouca idade, suas pequenas conquistas e a possibilidade de que o prêmio a transformasse em um alvo do terrorismo.

A Opaq sucede, na relação dos Prêmios Nobel da Paz, a União Europeia (UE), ganhadora em 2012 do prêmio internacional mais cobiçado do mundo por suas conquistas para o avanço da paz e da reconciliação na Europa, assim como o estabelecimento da democracia e dos direitos humanos no velho continente.

Após o anúncio de hoje, resta saber quem será laureado com o Nobel de Economia, que será anunciado na próxima segunda-feira em Estocolmo.

O Nobel da Paz é o único a ser anunciado e entregue fora de Estocolmo, por decisão do criador dos prêmios, o magnata sueco Alfred Nobel, já que, em sua época, a Noruega fazia parte do Reino da Suécia.

A rodada dos prestigiados prêmios entrou ontem em sua fase mais midiática, com o anúncio do Nobel de Literatura, que foi para a contista canadense Alice Munro.

Nos dias anteriores foram conhecidos os laureados no âmbito científico. Na segunda-feira, os cientistas americanos James E. Rothman e Randy W. Schekman e o alemão Thomas C. Südhof dividiram o prêmio de Medicina.

Na terça-feira, o belga François Englert e o britânico Peter Higgs foram anunciados como os ganhadores do prêmio de Física, por terem descoberto a existência da partícula subatômica conhecida como Bóson de Higgs.

Na quarta-feira foi anunciado o último Nobel científico, o de Química, para o austríaco Martin Karplus, o sul-africano Michael Levitt e o israelense Arieh Warshel, os três estabelecidos nos Estados Unidos.

A entrega do Prêmio Nobel será realizada, segundo a tradição, em duas cerimônias paralelas no dia 10 de dezembro, uma em Oslo para o da Paz, e outra em Estocolmo para os restantes, coincidindo com o aniversário da morte de Alfred Nobel.

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