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Lula ao lado do presidente da Bolívia, Luis Arce, e do ditador venezuelano, Nicolás Maduro, durante a cúpula de líderes sul-americanos esta semana, em Brasília
Lula ao lado do presidente da Bolívia, Luis Arce, e do ditador venezuelano, Nicolás Maduro, durante a cúpula de líderes sul-americanos esta semana, em Brasília| Foto: EFE/André Coelho

A Organização de Venezuelanos Perseguidos Políticos no Exílio (Veppex) declarou nesta quinta-feira (1º) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva persona non grata “por seu constante apoio ao regime tirânico de Nicolás Maduro”.

Em comunicado, a organização chamou de “aberração absoluta” o fato de o presidente brasileiro ter afirmado nesta semana que as acusações de que a Venezuela não tem uma democracia são fruto de uma “narrativa”.

“O presidente Lula finge ignorar muitos fatos que são públicos e que mostram o regime que reina na Venezuela, como os 7 milhões de venezuelanos no mundo [que deixaram o país desde a implantação do chavismo] e a existência de centenas de presos políticos, que são uma realidade que o presidente do Brasil finge ignorar”, disse no comunicado o diretor da Veppex, José Antonio Colina.

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, chegou ao Brasil na noite do último domingo (28) para participar da cúpula de líderes da América do Sul convocada por Lula, que aconteceu na terça-feira (30) em Brasília, e ao desembarcar foi recebido com honras de chefe de Estado.

Após uma reunião entre os dois na segunda-feira (29), Lula atribuiu as alegações de violações dos direitos humanos e da democracia na Venezuela a uma “narrativa”, afirmação que foi criticada por líderes da oposição no Brasil e até mesmo por alguns apoiadores do governo.

A declaração também foi criticada por alguns dos participantes da cúpula de presidentes sul-americanos convocada por Lula, como o esquerdista Gabriel Boric, presidente do Chile, e o direitista Luis Lacalle Pou, do Uruguai.

O líder oposicionista Juan Guaidó escreveu no Twitter que Lula “esquece-se dos assassinados, das vítimas, da destruição da Amazônia e dos milhões de migrantes”. “Atitudes negacionistas de chefes de Estado são um aval para que indivíduos como Maduro continuem agindo impunemente”, apontou Guaidó.

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