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O desfecho da primeira eleição presidencial na Costa do Marfim em uma década permanecia em dúvida nesta sexta-feira, com o Conselho Constitucional do país declarando vencedor das eleições presidenciais o atual presidente, Laurent Gbagbo, com 51,4% dos sufrágios, enquanto o candidato opositor Alassane Ouattara obteve 48,6% dos votos. Ontem, a comissão eleitoral do país declarou Ouattara vencedor do sufrágio.

Partidários do atual presidente, Laurent Gbagbo, disseram na quinta-feira que a vitória de Ouattara foi uma "tentativa de golpe". As fronteiras da Costa do Marfim foram fechadas na madrugada desta sexta-feira e a programação da televisão e da rádio estatais foi tirada do ar. Aeroportos e postos estão fechados.

A eleição tinha como objetivo restaurar a credibilidade após a guerra civil de 2002-2003, que dividiu em dois o maior produtor de cacau do mundo, mas as tensões permaneciam muito altas nesta sexta-feira. Os Estados Unidos fizeram um pedido aos partidos para que aceitem os resultados da comissão eleitoral, que indicaram uma vitória clara de Ouattara. A eleição foi considerada livre e justa por observadores internacionais.

Ontem, o chefe da comissão eleitoral, Youssouf Bakayoko, anunciou que Ouattara venceu com 54,1% dos votos, enquanto Gbagbo teve 45,9% dos sufrágios. Em conversa com jornalistas logo após o anúncio, Ouattara advertiu Gbagbo, que é o atual presidente, a respeitar os resultados. "Eu lembro meu irmão Gbagbo do nosso compromisso mútuo de respeitar os resultados proclamados pela comissão eleitoral independente", disse. As informações são da Associated Press.

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