Um importante órgão de direitos humanos da Organização das Nações Unidas indicou para sua presidência um professor de direito cubano que é diplomata do governo de Havana e porta-voz de seu ministério das Relações Exteriores.
Miguel Alfonso Martinez, de 73 anos, que atualmente atua como presidente da Sociedade Cubana de Direito Internacional, foi eleito para a presidência pelo comitê de 18 membros do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Para ser um de seus dois vice-presidentes foi escolhido o russo especialista em direito Vladimir Kartashkin, que serviu no ministério das Relações Exteriores da extinta União Soviética na década de 1970 e trabalhou por muitos anos no secretariado da ONU em Nova York.
O outro posto de vice-presidente será ocupado pela advogada e defensora dos direitos da mulher Mona Zulfikar.
Os membros do comitê - que disponibiliza informações para o conselho de 47 nações - são nomeados por seus governos, mas espera-se que trabalhem independentemente e que tomem decisões sem referência às autoridades de seus países.
O conselho foi formado há dois anos para substituir a desacreditada comissão de Direitos Humanos da ONU.
Críticos dizem que o conselho se tornou um terreno de disputa entre blocos de países, no qual as nações islâmicas - normalmente apoiadas por Rússia, China e Cuba - discutem com países ocidentais por visões distintas dos direitos humanos.
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