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O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciou nesta terça-feira (26) que Edmundo González Urrutia se registrou como candidato às eleições presidenciais do dia 28 de julho pela Mesa da Unidade (atual Plataforma da Unidade Democrática, PUD).
O registro, a princípio provisório e com o objetivo de assegurar vaga para o bloco opositor na eleição, aconteceu depois que a coalizão não conseguiu inscrever Corina Yoris, candidata escolhida depois que María Corina Machado não pôde concorrer devido à sua inabilitação política.
Esse amplo setor do antichavismo conseguiu registrar um candidato depois de ter denunciado, durante todo o processo de apresentação de nomes - que começou na quinta-feira passada - os impedimentos para acessar o sistema eleitoral e registrar um representante, diante dos quais solicitou ao CNE uma prorrogação de três dias a fim de “remediar as violações de fato e de direito que ocorreram no processo”.
Na segunda-feira, último dia de registro, a coalizão afirmou que havia esgotado todos os meios para registrar Yoris, que não sofreu nenhuma inabilitação ou sanção administrativa.
Até hoje, Machado, vencedora das primárias de 22 de outubro do ano passado, afirmava que sua candidata era Yoris, portanto, não se sabe se Urrutia - que não precisa necessariamente ser o candidato definitivo - tem o apoio da líder opositora.
Urrutia é analista internacional, diplomata e ex-embaixador da Venezuela na Argentina e na Argélia.
De acordo com o CNE, com Urrutia, há 13 candidatos registrados para as eleições, juntando-se a Manuel Rosales, Luis Brito, Luis Ratti, Enrique Márquez, Benjamín Rausseo, Luis Eduardo Martínez, Daniel Ceballos, Antonio Ecarri, Juan Carlos Alvarado, Javier Bertucci, Claudio Fermín e o ditador Nicolás Maduro.
O chefe do órgão eleitoral, Elvis Amoroso, declarou que um total de 37 partidos políticos - alguns em coalizão - indicaram seus candidatos durante os cinco dias que durou o processo, sem “nenhum tipo de restrição”, apesar das repetidas reclamações do principal grupo opositor.
Urrutia poderá ser trocado a partir da próxima segunda-feira, desde que quem o substituir não tenha nenhuma sanção administrativa ou impedimento previsto em lei, e que o CNE admita a candidatura dessa pessoa.
A manobra de nomear um candidato provisório é comum na Venezuela e tem como objetivo garantir um lugar na cédula de votação.
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