Curitiba – Deputado federal paranaense, Dr. Rosinha (PT) participou da discussão para a implantação do Parlamento do Mercosul. Por telefone, ele falou à Gazeta do Povo sobre o assunto.

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Gazeta do Povo – Esse Parlamento não terá poder legislativo. Qual será seu objetivo?

Dr. Rosinha – Fundamentalmente político. Servirá para debater os processos de integração. Não havia lugar certo para isso.

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Mas sem poder legislativo, os países poderão continuar a lançar mão de salvaguardas nas trocas comerciais, como ocorre hoje, não?

A instituição dará reforço jurídico e político ao grupo.

A idéia é seguir para uma integração legislativa?

A discussão é para que o Mercosul se torne um bloco supranacional. Se isso ocorrer, o Parlamento ganhará características legislativas.

Não é um péssimo momento para um Parlamento comum, já que Argentina e Uruguai estão brigando por conta da instalação de uma indústria de papel no lado uruguaio?

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Esse debate deve se concluir em janeiro. O Brasil está intermediando uma negociação.

Após esse primeiro mandato (2006-2010), como serão escolhidos os representantes?

Em 2010 teremos eleições diretas. Os eleitos vão trabalhar apenas no Parlamento do Mercosul, não poderão ocupar vagas em outro congresso.

O senhor tem interesse em se candidatar?

Quatro anos é muito tempo. Tem muita água pra correr.

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