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O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, convocou os britânicos nesta quarta-feira a conterem o tratamento "selvagem" em relação aos manifestantes na Inglaterra, enquanto o governo líbio de Muamar Kadafi acredita que o primeiro-ministro David Cameron perdeu legitimidade e deve sair.

"Que tipo de país trata seu próprio povo desta forma? O pior tratamento é o ataque inaceitável da polícia contra o povo, que não tem armas em punho", afirmou Ahmadinejad a repórteres após um encontro do gabinete em Teerã.

As imagens de televisão mostrando a polícia lutando para conter a onda de violência em cidades britânicas lideram os noticiários de países acusados por Londres de violarem os direitos humanos, o que deu a esses líderes, agora, a chance de revidar.

A Grã-Bretanha foi um dos países ocidentais que condenou a dura resposta iraniana às manifestações nas ruas que seguiram a reeleição de Ahmadinejad em junho de 2009 --que Teerã havia descrito como protestos antigoverno provocados por inimigos estrangeiros.

Enquanto o premiê britânico descreveu a onda de violência no país como "criminalidade, pura e simples", Ahmadinejad retratou os eventos como protestos pacíficos brutalmente reprimidos pela polícia.

"Que tipo de tratamento é esse com pessoas que perderam a paciência por causa da pobreza e discriminação? Eu os aconselho a corrigir o comportamento selvagem porque esse tipo de tratamento selvagem com o povo é totalmente inaceitável", afirmou o líder iraniano.

Já na Líbia, onde a Grã-Bretanha está envolvida em uma campanha militar contra Muamar Kadafi depois que as forças dele derrubaram um movimento antigoverno este ano, um porta-voz do governo afirmou que Cameron deve renunciar.

"Cameron perdeu sua legitimidade e deve sair... depois dos protestos populares maciços que rejeitaram o governo e ele, especialmente depois da repressão violenta da polícia lançada pelo governo contra manifestantes pacíficos... para forçar o povo britânico a aceitar um governo que rejeita", disse Khalid Ka'im, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, à agência oficial de notícias Jana.

"A comunidade internacional não (deve) ficar de braços cruzados diante dessa agressão bruta contra os direitos do povo britânico, que exige o direito de comandar o próprio país", acrescentou ele.

Na Síria, aliada do Irã e que a chancelaria britânica afirmou que o presidente Bashar al-Assad perdeu sua legitimidade ao matar manifestantes, a televisão estatal repetidamente mostrou imagens de policiais perseguindo e derrubando um homem.

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