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Polêmica

Oriente Médio protesta contra reforma israelense

Em Umuarama, estrada é engolida por erosão | Reprodução Paraná TV
Em Umuarama, estrada é engolida por erosão (Foto: Reprodução Paraná TV)

Cairo – Muçulmanos de diversas partes do Oriente Médio saíram às ruas ontem para protestar contra uma polêmica reforma conduzida pelo governo israelense na Esplanada das Mesquitas, um local de Jerusalém sagrado para os seguidores do judaísmo e do islamismo.

No Cairo, a tropa de choque da polícia egípcia entrou em choque com manifestantes. Também houve passeatas na Jordânia e no Líbano. Em Jerusalém, houve choques entre a polícia israelense e fiéis muçulmanos indignados com a reforma.

Os muçulmanos temem que a construção de uma rampa de acesso à Esplanada das Mesquitas provoque danos irreparáveis. Israel assegura que a obra não causará danos ao local sagrado.

Depois das tradicionais orações islâmicas de sexta-feira, centenas de fiéis muçulmanos protestaram contra as obras. A polícia invadiu o santuário para dispersar uma multidão que atirava pedras e garrafas nos agentes de segurança. Mais de 30 pessoas ficaram feridas, entre manifestantes e policiais.

A revolta muçulmana espalhou-se de Jerusalém para outros países. Na capital egípcia, milhares de policiais reprimiram manifestantes para impedir uma concentração na Mesquita de Al-Azhar marcada para depois das orações de ontem. Os fiéis muçulmanos foram perseguidos e espancados.

A Irmandade Muçulmana, mais antigo e influente grupo islâmico do Egito, convocou a manifestação para denunciar as obras na Esplanada das Mesquitas.

Uma fonte policial disse que dez pessoas chegaram a ser presas, mas assegurou que logo seriam liberadas. De acordo com ele, algumas pessoas sofreram escoriações superficiais, mas ninguém teve ferimentos considerados graves.

Segundo a Irmandade Muçulmana, porém, centenas de fiéis foram colocados em caminhões da polícia e levados. "Não sabemos se eles serão soltos um dia", comentou Abdel Moneim Mohammed, um integrante do grupo islâmico.

No sul do Líbano, cerca de 500 palestinos participaram de um ato pacífico no campo de refugiados de Ein el-Hilweh. Em Sidon, centenas de fundamentalistas islâmicos participaram de outro protesto.

Na Jordânia, cerca de 2 mil fiéis muçulmanos manifestaram-se em Amã depois das orações de sexta-feira. A maioria dos manifestantes pertencia à Irmandade Muçulmana jordaniana e a diversos partidos oposicionistas. Eles exigiam que o governo fechasse a Embaixada de Israel em Amã e expulsasse o embaixador. Apesar de barulhento, o protesto transcorreu pacificamente.

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