Hamas pede ao Ocidente para aceitar novo governo
Meca O Hamas exortou ontem o Ocidente a aceitar o novo governo de união palestino, mas funcionários e líderes do movimento islâmico disseram que nunca reconhecerão Israel ou aceitarão os acordos de paz assinados anteriormente entre israelenses e palestinos as principais exigências da comunidade internacional para pôr fim ao boicote econômico imposto após a vitória do Hamas nas eleições legislativas de 2006.
O Hamas e o partido Fatah do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas assinaram na quinta-feira em Meca, Arábia Saudita, um acordo para formar um governo de coalizão e pôr fim à guerra de facções que desde dezembro deixou mais de 90 mortos. O novo governo respeitaria os acordos já assinados com Israel.
Funcionários israelenses disseram que o acordo de coalizão fracassou em aceitar as condições para encerrar as sanções. O Quarteto para o Oriente Médio EUA, Rússia, UE e ONU se reunirá no dia 21 em Berlim para discutir sobre o Acordo de Meca.
Cairo Muçulmanos de diversas partes do Oriente Médio saíram às ruas ontem para protestar contra uma polêmica reforma conduzida pelo governo israelense na Esplanada das Mesquitas, um local de Jerusalém sagrado para os seguidores do judaísmo e do islamismo.
No Cairo, a tropa de choque da polícia egípcia entrou em choque com manifestantes. Também houve passeatas na Jordânia e no Líbano. Em Jerusalém, houve choques entre a polícia israelense e fiéis muçulmanos indignados com a reforma.
Os muçulmanos temem que a construção de uma rampa de acesso à Esplanada das Mesquitas provoque danos irreparáveis. Israel assegura que a obra não causará danos ao local sagrado.
Depois das tradicionais orações islâmicas de sexta-feira, centenas de fiéis muçulmanos protestaram contra as obras. A polícia invadiu o santuário para dispersar uma multidão que atirava pedras e garrafas nos agentes de segurança. Mais de 30 pessoas ficaram feridas, entre manifestantes e policiais.
A revolta muçulmana espalhou-se de Jerusalém para outros países. Na capital egípcia, milhares de policiais reprimiram manifestantes para impedir uma concentração na Mesquita de Al-Azhar marcada para depois das orações de ontem. Os fiéis muçulmanos foram perseguidos e espancados.
A Irmandade Muçulmana, mais antigo e influente grupo islâmico do Egito, convocou a manifestação para denunciar as obras na Esplanada das Mesquitas.
Uma fonte policial disse que dez pessoas chegaram a ser presas, mas assegurou que logo seriam liberadas. De acordo com ele, algumas pessoas sofreram escoriações superficiais, mas ninguém teve ferimentos considerados graves.
Segundo a Irmandade Muçulmana, porém, centenas de fiéis foram colocados em caminhões da polícia e levados. "Não sabemos se eles serão soltos um dia", comentou Abdel Moneim Mohammed, um integrante do grupo islâmico.
No sul do Líbano, cerca de 500 palestinos participaram de um ato pacífico no campo de refugiados de Ein el-Hilweh. Em Sidon, centenas de fundamentalistas islâmicos participaram de outro protesto.
Na Jordânia, cerca de 2 mil fiéis muçulmanos manifestaram-se em Amã depois das orações de sexta-feira. A maioria dos manifestantes pertencia à Irmandade Muçulmana jordaniana e a diversos partidos oposicionistas. Eles exigiam que o governo fechasse a Embaixada de Israel em Amã e expulsasse o embaixador. Apesar de barulhento, o protesto transcorreu pacificamente.
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