O embate entre Brasil e Bolívia começou em maio, com o início do processo de nacionalização dos hidrocarbonetos, mas vem se armando desde o ano passado:
16 de dezembro de 2005 Candidato à Presidência, Evo Morales diz que, se vencer, vai considerar nulos os mais de 70 contratos de exploração concedidos a petrolíferas estrangeiras no país.
22 de janeiro de 2006 Morales assume como presidente e declara que os recursos naturais do país "devem ser transferidos para as mãos do Estado boliviano".
31 de março de 2006 O presidente boliviano se dispõe a negociar pessoalmente com a Petrobrás um reajuste do gás natural, após a companhia pedir queda de preço.
10 de maio de 2006 Morales assina decreto de nacionalização dos hidrocarbonetos, o terceiro da história da Bolívia, e instalações petrolíferas no país são ocupadas por militares.
3 de maio de 2006 A Petrobrás decide suspender novos investimentos na Bolívia.
11 de maio de 2006 Morales repudia indenização às petrolíferas estrangeiras e acusa Petrobrás de operar ilegalmente no país.
29 de maio de 2006 Morales ordena retirada de militares que controlam instalações petrolíferas.
6 de agosto de 2006 O partido governista boliviano abre Assembléia Constituinte, recém-eleita, para consolidar reformas de Morales.
12 de setembro de 2006 Bolívia toma o controle das duas refinarias da Petrobrás.
14 de setembro de 2006 Petrobrás endurece o tom, diz que medida é "inaceitável" e ameaça sair do país. Bolívia decide suspender temporariamente a medida.