O ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, culpou os Estados Unidos e a Ucrânia pela guerra entre Israel e o Hamas e sugeriu que os americanos e o Estado judeu permitiram os ataques do grupo terrorista em território israelense em outubro para que um conflito tivesse início.
Segundo informações do jornal Confidencial, em pronunciamento nacional em rádio e televisão para marcar os 47 anos da morte do fundador da Frente Sandinista, Carlos Fonseca Amador, Ortega disse que o conflito no Oriente Médio faz parte de um “plano macabro”, em resposta ao enfraquecimento dos “impérios” do Ocidente e ao fortalecimento de China, Rússia e países árabes.
“O responsável por este plano macabro, aquele que está no comando deste plano criminoso, é o imperialismo norte-americano, são os governantes norte-americanos, são os grandes capitais norte-americanos, os fabricantes de armas nos Estados Unidos que estão fazendo grandes negócios e pouco se importam com o sangue que está sendo derramado", disse o ditador.
Ortega afirmou que o suposto plano, articulado “com as forças nazistas da Ucrânia”, foi colocado em ação devido aos protestos que pediam a saída do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, devido à reforma do Judiciário proposta por ele.
“Tal como as forças nazistas na Ucrânia, apesar dos bilhões e bilhões que os países europeus colocaram em armas, os próprios Estados Unidos não conseguiram derrotar a Federação Russa. Essa foi a primeira frente, aí começou a batalha contra o nazismo nesta nova etapa”, disse o ditador.
De forma totalmente irresponsável, Ortega, que chamou o Hamas de grupo guerrilheiro e não terrorista, sugeriu que Israel e os Estados Unidos permitiram os ataques do dia 7 de outubro para ter o pretexto para iniciar uma guerra na Faixa de Gaza.
“Por que os guerrilheiros do movimento Hamas conseguiram entrar? Como conseguiram entrar se Israel era para ser uma fortaleza, que ninguém entrava lá?”, afirmou o ditador sandinista.