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O ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, durante a cúpula da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba), em Caracas, em abril
O ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, durante a cúpula da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba), em Caracas, em abril| Foto: EFE/Miguel Gutiérrez

A ditadura da Nicarágua publicou nesta segunda-feira (19) um decreto por meio do qual anunciou o fechamento de 1,5 mil organizações sem fins lucrativos que operavam no país centro-americano.

Entre as entidades abrangidas pela medida, há associações cristãs, culturais, representativas de classe e empresariais, como a Associação Nicaraguense-Brasileira para o Desenvolvimento, também conhecida como Nicabras, criada em 2012 pela Embaixada do Brasil e por empresários nicaraguenses, com o objetivo de fomentar o comércio entre os dois países.

No decreto, a ditadura de Daniel Ortega argumentou que as 1,5 mil organizações “não cumpriram as suas obrigações de acordo com o quadro normativo, perante a Direção Geral de Registro e Controle de Organizações Sem Fins Lucrativos, uma vez que não reportaram as suas demonstrações financeiras por períodos entre um e 35 anos separadas por período fiscal, com detalhamento de receitas e despesas, balancetes, detalhamentos de doações e seus conselhos de administração”.

Na semana retrasada, foi noticiado que o governo da Nicarágua decidiu expulsar o embaixador do Brasil no país centro-americano, Breno de Souza Brasil Dias da Costa, depois que ele não compareceu à cerimônia do 45º aniversário da Revolução Sandinista, realizada em 19 de julho em Manágua, e também em razão do esfriamento das relações entre o governo Lula e a ditadura sandinista.

Isso teria ocorrido após o Brasil ter pedido para que Ortega libertasse o bispo Rolando Álvarez, que ficou mais de um ano preso na Nicarágua e foi expulso do país em janeiro deste ano.

Em resposta, o Brasil expulsou a embaixadora da Nicarágua no Brasil, Fúlvia Castro.

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