Humberto Ortega assumiu a chefia do Exército Popular Sandinista após a revolução de 1979| Foto: EFE/Gabi Díaz/arquivo
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O ex-chefe do Exército da Nicarágua, o general reformado Humberto Ortega, foi colocado sob "cuidados médicos permanentes" em sua casa depois de determinações do irmão, o ditador Daniel Ortega. A polícia nacional e o ministério da saúde instalaram os equipamentos nesta terça-feira (21).

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"Foi instalada uma Unidade de Assistência Médica Especializada para atender as enfermidades que afligiram e continuam a afligir o general Ortega. A equipe de especialistas estará em permanente comunicação, coordenação e visitas", indicou a polícia em seu comunicado.

A ação, determinada pelo líder do regime nicaraguense, foi apontada pela oposição no exílio como uma prisão domiciliar disfarçada, visto que seu irmão é um crítico da ditadura vigente. Os dois familiares não se falam desde a década de 1990, quando se afastaram por divergências políticas.

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Dias antes da ordem de "cuidados permanentes", o ex-chefe do Exército afirmou em uma entrevista ao portal Infobae que, devido à falta de sucessores, o regime instaurado por Daniel Ortega e Rosario Murillo seria enfraquecido com a morte do ditador. Ainda, disse que sofre perseguição do irmão, que quer matá-lo.

Na segunda (20), o jornal La Prensa noticiou que o ex-oficial foi cercado pela polícia em sua residência, ocasião na qual seus telefones e computadores foram confiscados e ele teve que comunicar qualquer movimento às autoridades controladas pelo ditador Ortega.

O portal nicaraguense Artigo 66 também denunciou que o caso parece ser uma tentativa de prisão domiciliar para o general reformado crítico do regime, com o objetivo de Ortega colocá-lo sob "vigilância extrema" disfarçada de atendimento médico.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]