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Durante um discurso proferido nesta terça-feira (3) antes do desfile militar comemorativo do 45º aniversário da constituição das Forças Armadas da Nicarágua, o ditador Daniel Ortega descreveu a Rússia, liderada pelo seu homólogo Vladimir Putin, como uma "irmã" que desempenhou um papel crucial na formação do Exército nicaraguense.
Ortega destacou que, durante a era da extinta União Soviética, a Rússia forneceu assistência significativa para a construção das Forças Armadas do país centro-americano.
O ditador sandinista ressaltou ainda que a União Soviética foi uma “apoiadora essencial” no momento da revolução sandinista nicaraguense em 1979, que culminou na queda da ditadura de Anastasio Somoza Debayle. Segundo o líder do atual regime da Nicarágua, a ajuda russa pós-revolução “foi fundamental” para o estabelecimento do Exército Nacional, que hoje contribui para a permanência ilimitada de Ortega no poder.
No discurso, Ortega mencionou que o desfile militar que ocorreu nesta terça contaria com armamento que havia chegado na Nicarágua na época da URSS e o armamento mais moderno que tem sido fornecido ao país recentemente pelo atual regime da Rússia. Além disso, expressou palavras de apoio ao ditador Putin, dizendo que a Rússia tem sido uma “irmã” para a Nicarágua e que o líder do regime russo irá vencer o que Ortega classificou como "fascismo enraizado na Ucrânia".
Fundado em 2 de setembro de 1979 para substituir a Guarda Nacional, o exército nicaraguense foi inicialmente conhecido como Exército Popular Sandinista e, desde 1995, passou a se chamar Exército de Nicarágua. Frequentemente, a força militar é acionada para reprimir pequenos focos de protestos que ocorrem contra o regime de Manágua.