O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo| Foto: Saullob/AFP

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, demonstrou desapontamento com os aliados europeus depois que eles expressaram a preocupação de que a morte do general iraniano Qassim Soleimani poderia desencadear mais violência.

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Um ataque com drone matou o general, uma das principais figuras da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, no dia 2, em Bagdá, capital do Iraque

Pompeo conversou por telefone com aliados europeus, China, Rússia, além de parceiros regionais como o Paquistão. De acordo com funcionários do Departamento de Estado e leituras oficiais das ligações, Pompeo disse aos oficiais dos países que o ataque foi conduzido para evitar mais violência.

Em entrevista televisionada, Pompeo afirmou que Reino Unido, França e Alemanha deveriam apoiar os Estados Unidos já que, segundo sua avaliação, o assassinato do general beneficiou a Europa.

"Os britânicos, franceses e alemães precisam entender que o que fizemos, o que os americanos fizeram, salvou vidas na Europa também", disse Pompeo na Fox News na sexta-feira (3).

Países europeus demonstraram preocupação com o ataque, uma vez que o Irã e alguns de seus representantes prometeram vingar a morte do general. "Isso foi uma coisa boa para o mundo inteiro, e estamos pedindo a todos que apoiem o que os Estados Unidos estão tentando fazer", disse Pompeo.

As recriminações mútuas sugerem que os aliados - alguns deles com tropas no Oriente Médio - podem não ter sido consultados antes do ataque ou, se foram, tiveram suas opiniões ignoradas.

As primeiras ligações de Pompeo após o ataque foram feitas para oficiais na China, Reino Unido, França e Alemanha, segundo o Departamento de Estado. Ele também falou com parceiros regionais incluindo Afeganistão, Paquistão e Emirados Árabes Unidos. Mais tarde, Pompeo conversou com a Turquia e a Rússia.

Congresso é notificado

A Casa Branca notificou formalmente o Congresso norte-americano sobre o ataque que matou o general iraniano Qassem Soleimani, disseram, neste sábado, dia 4, oficiais do governo e do Congresso. O presidente Donald Trump foi obrigado a enviar uma explicação por escrito justificando o ato em até 48 horas. De acordo com fontes dentro da administração, o conteúdo do documento seria secreto.



O congresso norte-americano deu respostas divergentes ao ataque, respeitando, sobretudo, as linhas partidárias. Enquanto vários republicanos elogiaram a medida como uma resposta justa à agressão iraniana, democratas questionaram se o ato representaria uma escalada perigosa na violência. Os democratas afirmam ainda que o Congresso deveria ter sido notificado antes

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