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guerra ao terror

Osama Bin Laden está morto

Osama Bin Laden | Arquivo/AFP
Osama Bin Laden (Foto: Arquivo/AFP)

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Centenas de norte-americanos esperam o pronunciamento de Barack Obama em frente à Casa Branca: terrorista era procurado desde 2001 |

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Centenas de norte-americanos esperam o pronunciamento de Barack Obama em frente à Casa Branca: terrorista era procurado desde 2001

O líder islamita Osama Bin La­­den, instigador declarado dos atentados do dia 11 de setembro de 2001 e objeto da maior caça humana da história, foi morto ontem, quase dez anos depois dos ataques que deixaram 3 mil mortes nos Estados Unidos.

"A justiça foi feita", afirmou o presidente norte-americano, Barack Obama, ao anunciar em oficialmente que os Estados Unidos mataram Bin Laden. Centenas de americanos comemoraram diante da Casa Branca quando o presidente Obama anunciou a morte do terrorista.

De acordo com o presidente dos EUA, a morte decorreu de uma ação de inteligência do Exército americano em parceria com o Paquistão, que localizou o terrorista na última semana. O líder terrorista foi morto ontem em uma mansão nos arredores de Islamabad.

Desde o fatídico 11 de setembro, o milionário de origem saudita, líder da rede terrorista Al-Qaeda e cujos rastros se perderam no sul do Afeganistão e na fronteira com o Paquistão, reaparecia episodicamente em gravações de áudio e vídeo ao longo dos anos. Alto, magro, sempre usando barba, Bin Laden nasceu em Riad. Filho de um magnata saudita da construção próximo da família real, utilizou sua fortuna para financiar o Jihad (guerra santa) contra os soviéticos e depois contra os americanos. Em 1973, Bin Laden entrou em contato com grupos islamitas.

Após a invasão soviética do Afeganistão em 1979, viajou para este país para combater os invasores com o apoio da CIA, a Agência Central de Inteligência americana. Sua organização, Al-Qaeda ("A Base"), foi fundada em 1988, ou seja um ano antes da retirada soviética do Afeganistão. Em 1989 voltou à Arábia Saudita.

Após o estouro da guerra do Golfo em 1991, ele criticou a família real por ter autorizado o desdobramento de soldados americanos em território saudita, o que o fez ser declarado persona non grata no país. Instalou-se então no Sudão, onde os serviços americanos de inteligência o acusaram de financiar campos de treinamento de terroristas. Em 1994, foi definitivamente privado da nacionalidade saudita. Em 1996 o Sudão, submetido à pressões americanas e da ONU, pediu a Bin Laden que fosse embora do país. Ele foi então para o Afeganistão, onde fez funcionar uma dezena de campos de treinamento e lançou apelos contra os Estados Unidos. A ação mais espetacular que lhe foi atribuída antes do dia 11 de setembro foi um ataque contra as embaixadas americanas na Tanzânia e no Quênia, no dia 7 de agosto de 1998, que causou 224 mortos e milhares de feridos. Em 1999, ele foi incluído na lista da Birô Federal de Investigações americano (FBI) entre as dez pessoas mais procuradas do mundo. Bin Laden também foi acusado de ter ordenado o ataque contra o navio americano "USS Cole" no Iêmen, que fez 17 mortos em outubro de 2000. Os Estados Unidos, que o acusam de ter planejado desde o Afeganistão os ataques suicidas de Nova York, Washington e Pensilvânia do dia 11 de setembro, deram início a uma perseguição depois de, em 23 de setembro, as autoridades americanas ofereceram 25 milhões de dólares por qualquer informação que permitisse capturá-lo.

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