A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), juntamente com Austrália, Japão, Nova Zelândia, Coreia do Sul e Ucrânia, condenou “energeticamente” nesta sexta-feira (8) a decisão de Rússia e Coreia do Norte de “expandir perigosamente” a guerra contra os ucranianos, envolvendo “milhares de tropas" norte-coreanas no conflito.
Essa decisão do ditador russo, Vladimir Putin, e do líder norte-coreano, Kim Jong-un, é uma “perigosa expansão” do “apoio já substancial” da Coreia do Norte ao esforço bélico da Rússia com “o fornecimento de milhões de munições e mísseis balísticos” em sua guerra contra a Ucrânia, afirmou Conselho do Atlântico Norte em um comunicado, acompanhado por Camberra, Tóquio, Wellington, Seul e Kiev.
O aprofundamento da cooperação militar entre Rússia e Coreia do Norte não só afeta “profundamente” a segurança euro-atlântica, mas também tem implicações para a região do Indo-Pacífico, afirmou o Conselho do Atlântico, que é o mais alto órgão de decisão da OTAN.
Além disso, o aumento da cooperação militar entre russos e norte-coreanos constitui "uma violação de múltiplas resoluções" do Conselho de Segurança das Nações Unidas, incluindo a 2270 (2016), 1718 (2006) e 1874 (2009), o que é "especialmente escandaloso, considerando o status da Rússia como membro permanente" do mesmo, destacaram.
Por esta razão, instaram a Rússia a voltar a cumprir estas resoluções e a cumprir suas obrigações internacionais.
Da mesma forma, destacaram que a declaração da Rússia em 26 de setembro, na qual afirmou que a desnuclearização da Coreia do Norte “não está sobre a mesa”, é “inaceitável”.
Essa posição, destacaram, “mina o regime global de não proliferação, contradiz diretamente as resoluções relevantes do Conselho de Segurança das Nações Unidas e agrava ainda mais as tensões regionais”.
Para o Conselho do Atlântico Norte, a declaração russa faz parte do seu esforço mais amplo para minar o regime global de não proliferação e desmantelar as sanções das Nações Unidas.
Por esta razão, a OTAN e os cinco signatários instaram todos os outros países a não prestarem qualquer assistência à agressão da Rússia e condenaram "todos aqueles que facilitam e, portanto, prolongam a guerra ilegal da Rússia contra a Ucrânia".
Neste contexto, a OTAN afirmou que continuará trabalhando com seus parceiros, particularmente no Indo-Pacífico, para promover a paz e a estabilidade e evitar que a Rússia e aqueles que facilitam seu esforço de guerra prejudiquem a estabilidade regional e global.
Ao mesmo tempo, destacou que os aliados continuam “tão determinados como sempre” a apoiar a Ucrânia “durante o tempo que for necessário”.
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