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Guerra no leste europeu

OTAN adverte Congresso dos EUA que derrota da Ucrânia tornaria o mundo mais inseguro

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg (Foto: EFE/EPA/OLIVIER MATTHYS)

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O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, advertiu nesta segunda-feira (29) o Congresso dos Estados Unidos - onde a bancada do Partido Republicano bloqueou novas ajudas para a Ucrânia - que uma vitória da Rússia na guerra com o país vizinho tornaria o mundo mais inseguro.

"Estou convencido de que todos os aliados da OTAN, incluindo os Estados Unidos, continuarão a apoiar a Ucrânia, porque é do nosso interesse de segurança fazê-lo", disse Stoltenberg em uma entrevista coletiva em Washington ao lado do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.

O político norueguês enfatizou que uma vitória russa seria "uma tragédia para a Ucrânia, mas também tornaria o mundo mais inseguro" para todos os membros da OTAN.

De acordo com Stoltenberg, a derrota de Kiev "encorajaria outros líderes autoritários a usar a força", incluindo a Coreia do Norte, o Irã e a China.

"Hoje é a Ucrânia. Amanhã pode ser Taiwan. Portanto, é de nosso interesse que a Ucrânia seja uma nação soberana e independente, e o apoio que damos a ela faz a diferença", disse.

Blinken também se pronunciou, lembrando que o governo dos EUA ficou sem verbas para a Ucrânia e que isso já está sendo sentido no campo de batalha.

Portanto, ele considera "absolutamente vital e necessário" que o Congresso americano aprove o pacote de armas de US$ 61 bilhões (R$ 302 bilhões) para a Ucrânia, solicitado pelo presidente dos EUA, Joe Biden, no final do ano passado.

O secretário de Estado também enfatizou que os países europeus estão enviando novos pacotes de ajuda para a Ucrânia e que, juntos, eles já somam mais dinheiro do que as contribuições dos EUA.

"É muito importante, é essencial que cumpramos nossos compromissos", enfatizou.

Perto da marca de dois anos desde o início da invasão russa, os EUA são os maiores doadores de armas para a Ucrânia entre todos os países, com mais de US$ 44,2 bilhões (R$ 218 bilhões).

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