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O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, garantiu nesta quinta-feira (6) que a incorporação da Suécia à aliança está "ao alcance" e convocou uma reunião com o primeiro-ministro do país nórdico, Ulf Kristersson, e o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, para tentar um acordo político antes da cúpula de Vilnius, que ocorrerá na semana que vem.
"Hoje reafirmamos que a adesão da Suécia está ao nosso alcance", disse o político norueguês, após se encontrar com autoridades suecas e turcas na sede da OTAN, em Bruxelas, para debater o assunto.
O secretário-geral da OTAN garantiu que "é absolutamente possível ocorrer uma decisão positiva na cúpula da semana que vem”, na qual “fique claro que [a Turquia] está pronta para ratificar" a adesão sueca.
Para conseguir "aproximar posições", Stoltenberg se reunirá na próxima segunda-feira (10), em Vilnius - um dia antes do início da cúpula da OTAN-, com Kristersson e Erdogan.
O secretário-geral da OTAN lembrou, contudo, que a ratificação do Parlamento turco sobre a adesão "não ocorrerá antes da próxima segunda-feira".
O norueguês afirmou que "a ratificação sobre a adesão da Suécia não é o fim da cooperação [do país] com a Turquia", se referindo à aplicação da lei antiterrorismo aprovada no país escandinavo que pode atingir os militantes da guerrilha curda Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que o governo turco classifica como um grupo terrorista.
A aprovação da lei foi bem recebida por Erdogan, já que a Turquia acusa a Suécia de "permitir em seu território" as atividades dos militantes.
Além da Turquia, ainda está pendente a ratificação também da Hungria, que já anunciou que não o fará até que Ancara dê seu passo nesse sentido.