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A Otan ajudará a Ucrânia a estabelecer um sistema próprio de compra de armas que seja "eficaz" para enfrentar a invasão da Rússia, afirmou nesta terça-feira o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg.
Além disso, a Otan, a Ucrânia e a União Europeia (UE) acordaram hoje convocar um grupo de especialistas em compra de armas para ver como podem ajudar Kiev a "garantir que obtenha as armas de que precisa", disse Stoltenberg.
O secretário-geral da Otan esteve reunido hoje com o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, e com o alto representante das Relações Exteriores da UE, Josep Borrell, na semana do primeiro aniversário da invasão russa e em um momento em que Kiev pede aos seus parceiros que ofereçam armamento de grande alcance.
"Temos que estar cientes do fato de que, desde fevereiro de 2022, a Ucrânia e seus parceiros mais próximos estão realizando a maior operação logística desde a Segunda Guerra Mundial e por trás das grandes decisões políticas e declarações, existem milhões de questões que precisam ser resolvidas", disse Kuleba.
Ele acrescentou que, "quanto mais coordenados estivermos, mais cedo o exército ucraniano poderá expulsar os russos do território da Ucrânia".
A esse respeito, observou que durante a reunião de hoje, a Otan, a UE e a Ucrânia se comprometeram a "responder" a três questões principais: como treinar soldados ucranianos, como produzir e comprar armas e munições e como entregá-las ao campo de batalha de uma "forma mais efetiva".
"Sejamos francos, ninguém esperava que esta guerra durasse tanto tempo e por isso, em um momento determinado, se chegou a uma situação em que a produção teria que ser aumentada", continuou o chefe da diplomacia ucraniana, lembrando que até agora "não foi feito o suficiente".
Quanto ao apoio da UE a Kiev para a aquisição de armas, Borrell se manifestou a favor da utilização do Fundo Europeu de Apoio à Paz, que o bloco comunitário tem utilizado desde o início da guerra para o objetivo, e pediu aos Estados-membros "vontade política" para contribuir com mais dinheiro.
Precisamente, os chanceleres da UE discutiram ontem o plano da Estônia de comprar conjuntamente munições por um valor de 4 bilhões de euros.
Por seu lado, Stoltenberg lembrou que a Otan apoiará o aumento dos níveis de munições dos aliados, o que também ajudará a recuperar suas reservas de armamento próprias, que foram esgotadas pelo apoio à Ucrânia.
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