Aliança militar ocidental rebateu comentário de Putin sobre Estados Unidos posicionarem armas nucleares em países aliados| Foto: EFE/EPA/GAVRIIL GRIGOROV/SPUTNIK/KREMLIN
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A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), aliança militar do Ocidente, criticou neste domingo (26) o anúncio feito no sábado (25) pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, de que Moscou posicionará armas nucleares táticas no território de Belarus, país vizinho cujo ditador, Alexander Lukashenko, é aliado do Kremlin.

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Na ocasião, Putin alegou que os Estados Unidos “há muito tempo posicionam armas nucleares táticas no território de países aliados” e que a medida russa não viola suas “obrigações internacionais sobre a não proliferação de armas nucleares”.

Em comunicado, a porta-voz da aliança militar, Oana Lungescu, disse que “a referência da Rússia ao compartilhamento nuclear da OTAN é totalmente enganosa”. “Os aliados da OTAN agem com total respeito a seus compromissos internacionais”, argumentou Lungescu.

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“A Rússia violou repetidamente seus compromissos de controle de armas, suspendendo mais recentemente sua participação no Novo Tratado START”, disse Lungescu, em referência ao tratado bilateral entre os Estados Unidos e a Rússia para redução e limitação de armas estratégicas ofensivas.

A porta-voz acrescentou que a OTAN considera a atitude do Kremlin sobre Belarus “perigosa e irresponsável”.

Também neste domingo, o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia pediu uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança da ONU para discutir o anúncio russo.

Belarus faz fronteira com a Ucrânia e cedeu seu território para que as tropas russas invadissem o norte ucraniano no começo da guerra iniciada em fevereiro de 2022, além de ter permitido que a Rússia estacionasse dez aeronaves capazes de transportar armas nucleares táticas e transferisse para o país vizinho sistemas de mísseis táticos que podem ser usados para lançar armas nucleares.

“A Ucrânia espera ações efetivas para neutralizar a chantagem nuclear do Kremlin por parte do Reino Unido, da China, dos Estados Unidos e da França”, afirmou a pasta, citando os países que, ao lado da Rússia, são membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

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