Decisão
Governo ucraniano fará treinamento militar com países ocidentais
Folhapress
O Parlamento da Ucrânia aprovou ontem uma lei que autoriza o treinamento de tropas ucranianas com países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em seu território. Cerca de 7 mil militares devem participar desses exercícios, previstos para maio e outubro deste ano em diversas regiões do país, inclusive no mar Negro. Segundo Mikhail Koval, ministro da Defesa interino ucraniano, deverão ser treinadas operações humanitárias, de busca e resgate em terra e mar, de defesa de Estado e de paz e segurança.
A aprovação coincidiu com um encontro dos 28 países-membros da Otan em Bruxelas, o primeiro desde a anexação da Crimeia pela Rússia, no mês passado. A Rússia anunciou na segunda-feira a retirada parcial de suas tropas mil soldados da fronteira oriental da Ucrânia. Estima-se que haja de 35 mil a 40 mil soldados russos na região.
Kerry cancela viagem para Ramallah
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, mudou sua agenda e não viaja mais para Ramallah hoje, conforme estava programado. Ele encontraria o presidente palestino Mahmud Abbas. "Nós não viajaremos mais", declarou um alto funcionário do Departamento de Estado. Segundo o jornal Haaretz, o motivo para o cancelamento seria a decisão da Autoridade Nacional Palestina de pedir sua adesão a 15 entidades da ONU depois que o governo israelense se recusar a soltar um grupo de presos palestinos.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte suspendeu ontem toda a cooperação prática com a Rússia em protesto à anexação da Crimeia e ordenou que seus militares planejem medidas para reforçar suas defesas e tranquilizar países do Leste Europeu preocupados com a situação.
Ministros das Relações Exteriores da aliança liderada pelos Estados Unidos, formada por 28 nações, irão se reunir pela primeira vez para discutir a ocupação russa da Crimeia, região da Ucrânia, que desencadeou a pior crise entre Ocidente e Oriente desde a Guerra Fria.
Eles concordaram em "suspender toda a cooperação prática, civil e militar, entre a Otan e a Rússia".
Autoridades da organização disseram que a decisão pode afetar a cooperação com a Rússia no Afeganistão em áreas como treinamento de pessoal de combate aos narcóticos, manutenção de helicópteros da Força Aérea afegã e uma rota de trânsito para fora do país devastado pela guerra.
Os contatos entre a Otan e a Rússia em nível diplomático ou superior podem continuar para que se possam discutir saídas para a crise.
Classificando as ações russas na Ucrânia de inaceitáveis, o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, disse: "Por meio de suas ações, a Rússia minou os princípios sobre os quais nossa parceria está erguida e rompeu com seus próprios compromissos internacionais. Então, não podemos agir como se nada tivesse acontecido".
As medidas da Otan podem incluir o envio de soldados e equipamentos para seus aliados no Leste Europeu e a realização de mais exercícios.
Alerta
A Rússia alertou a Ucrânia contra a integração com a Otan, dizendo que as tentativas anteriores de Kiev de se aproximar mais do organismo tiveram consequências desagradáveis. Kiev afirmou que não quer entrar na Otan.
Segurança
EUA e aliados não têm planos militares para defender a Ucrânia, mas asseguraram proteção a seus aliados do Leste Europeu que se juntaram à Otan nos últimos 15 anos, após o colapso da União Soviética.
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