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Navegação

Otan encerra missão contra piratas e diz que a ameaça é crescente

O almirante italiano Giovanni Gumiero, comandante da flotilha da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que conduz as operações contra a pirataria na costa da Somália, disse nesta sexta-feira (12) que a ameaça à navegação está aumentando exponencialmente na região e que uma resposta internacional coordenada é necessária.

Gumiero fez suas declarações ao final da operação da Otan, cujos navios escoltaram, com sucesso, embarcações que levaram 30 mil toneladas de ajuda à nação africana, mas não conseguiram evitar o aumento dos ataques piratas. "Eu acredito que a presença de unidades navais nesta área é fundamental para prover segurança", disse Gumiero em uma conferência telefônica a bordo do destróier Durand de la Penne.

A força da Otan foi enviada ao local em outubro, após um pedido das Nações Unidas para que protegessem os navios do Programa Mundial de Alimentos a partir do porto queniano de Mombaça até a capital da Somália, Mogadiscio.

Sob as regras das Nações Unidas, os navios de guerra estão autorizados a usar a força para impedir ataques, mas não libertar embarcações e tripulações que já tiverem sido capturados. Os navios da Otan foram substituídos por uma força-tarefa européia, sob o nome-código de Operação Atalanta. A primeira missão naval já realizada pela União Européia (UE) deve continuar no local até o final de 2009.

A flotilha da UE vai ter entre quatro e seis navios e de dois a três aviões de reconhecimento, que serão usados para vôos não tripulados de longo alcance sobre o oceano Índico e a costa da Somália.

Pouco mais de uma dezena de outros navios de guerra, dentre eles norte-americanos, alemães e dinamarqueses, estão na região como parte de uma outra flotilha internacional, cuja base fica no Bahrein, e realiza operações contra o terrorismo.

Outros países, dentre eles Arábia Saudita, Rússia, Malásia e Índia, também têm embarcações no Golfo de Áden. "Estamos todos trabalhando juntos, lutando contra a mesma ameaça", disse Gumiero. "Na minha opinião, um alto nível de coordenação é muito, muito importante, porque a ameaça da pirataria nesta região está crescendo exponencialmente". A Otan considera enviar uma outra missão naval para o Chifre da África.

Gumiero disse que impedir os ataques piratas é um grande desafio, principalmente porque é praticamente impossível perceber a diferença entre os navios de piratas e de pescadores. "Eles usam as mesmas embarcações, as mesmas roupas e, se você vir esses caras, eles parecem simples pescadores", afirmou. Os Estados Unidos apresentaram uma proposta ao Conselho de Segurança das Nações Unidas pedindo a ampliação do mandato, de maneira que haja autorização para a ampliação de ações contra os piratas não apenas no mar, mas também no interior da Somália. As informações são da Associated Press.

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