A missão da Otan no Afeganistão expressou suas condolências ontem pela morte de 30 soldados e um intérprete dos EUA e sete militares afegãos na queda de um helicóptero durante operação de combate e afirmou que continua investigando os fatos.
"Esta é a vez que mais soldados dos Estados Unidos morreram em uma só ação em apoio da Operação Liberdade Duradoura", afirmou em seu comunicado a missão, denominada Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf).
Pouco após a meia-noite, a organização informou que o helicóptero acidentado é um Chinook CH-47 e anunciou que ainda continua a investigação para determinar a causa exata do fato, embora os talebans tenham reivindicado "a derrubada". "Não há palavras para descrever a dor que sentimos por estas trágicas perdas", disse na nota o general John R. Allen, comandante da Isaf.
O helicóptero caiu no transcurso de uma operação noturna na noite de sexta-feira para sábado no distrito de Saydabad, situado na província central de Maidan Wardak e a algumas dezenas de quilômetros da capital afegã, Cabul.
"Os mujahedins resistiram ao ataque do inimigo e derrubaram um de seus helicópteros com projéteis durante o combate", afirmou em comunicado emitido este sábado o porta-voz taleban Zabiula Mujahid.
A imprensa americana afirmou no sábado que vinte dos 30 americanos mortos na queda do helicóptero são Navy Seals, membros das forças especiais da Marinha americana, da qual uma unidade foi responsável pela morte de Osama bin Laden em maio.
A rede americana CNN indica que 22 das vítimas são Seals, sendo que "a maioria deles pertence à unidade que realizou o ataque no qual Osama bin Laden foi morto". "Cerca de 20 Seals da unidade antiterrorista Team 6 estão entre as vítimas", indicou, por sua vez, o Washington Post. Procurado, o Pentágono se recusou a fazer qualquer comentário.