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Aviões da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) realizaram hoje vários bombardeios em Trípoli, capital da Líbia, dirigidos contra alvos militares e instalações governamentais. Ambulâncias com sirenes ligadas percorriam a cidade após as explosões. Um comunicado da Otan afirmou que os ataques destruíram veículos militares e depósitos de armas, uma bateria antiaérea de foguetes e uma estação de radar dedicada ao controle de tiros de artilharia.

Funcionários do governo líbio se negaram a divulgar informações a respeito do ataque. O bombardeio ocorreu horas após a Otan e seus aliados indicarem que vão prorrogar por mais 90 dias a missão na Líbia, a fim de respaldar os insurgentes contrários ao governo de Muamar Kadafi, no poder há mais de quatro décadas. Os oposicionistas controlam boa parte do leste do país.

Segundo o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, a decisão de prorrogar a ofensiva mostra ao regime de Kadafi que "estamos decididos a continuar nossa operação para proteger o povo da Líbia". Os bombardeios da alianã começaram em meados de março. Na terça-feira, um porta-voz do governo líbio disse que os ataques aéreos da Otan já mataram 718 civis e feriram 4.067. A Otan afirmou não ter como verificar essa alegação.

Uma comissão formada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra acusou o regime de Kadafi de ataques sistemáticos à população, dizendo que o governo de Trípoli cometeu crimes contra a humanidade, entre outros.

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