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Passageiros aguardam trens na estação Gare du Nord, em Paris, após atrasos e cancelamentos devido à sabotagem no sistema ferroviário francês
Passageiros aguardam trens na estação Gare du Nord, em Paris, após atrasos e cancelamentos devido à sabotagem no sistema ferroviário francês| Foto: EFE/EPA/MAST IRHAM

Os atos de sabotagem contra a rede ferroviária de alta velocidade na França podem ser uma tentativa da Rússia de prejudicar os Jogos Olímpicos de Paris 2024, segundo opinou nesta sexta-feira (26) Jānis Sārts, diretor do Centro de Excelência de Comunicação Estratégica (COE) da OTAN na Letônia.

Em entrevista à agência de notícias letã Leta, Sārts afirmou que estes atos de sabotagem podem estar relacionados com a recente detenção pelas autoridades francesas do chef russo Kirill Gryaznov, que teria sido recrutado pelos serviços especiais da Rússia para organizar atos desestabilizadores durante os Jogos Olímpicos.

Os atos de sabotagem – especificamente, incêndios criminosos e danos a cabos relacionados à segurança dos trens – poderiam fazer parte da campanha russa, uma tentativa de estragar o sucesso da Olimpíada de Paris, disse o diretor do COE.

Sārts destacou que para o ditador russo, Vladimir Putin, perturbar o evento olímpico francês prejudicaria a imagem da França, uma nação considerada hostil à Rússia por seu apoio à Ucrânia contra a invasão russa.

“Não esqueçamos também que um grupo que planejava realizar atos de sabotagem na Ucrânia, na Polônia e nos países bálticos foi recentemente preso na Ucrânia, portanto, é um círculo bastante amplo em que esta organização opera”, acrescentou Sārts.

A entrevista com o diretor do COE e especialista em comunicação estratégica foi publicada pouco antes da abertura dos Jogos Olímpicos de Paris.

O Centro de Excelência de Comunicação Estratégica da Letônia é uma das 30 unidades deste tipo sediadas em vários países da OTAN que se dedicam a estudar e analisar uma série de temas como operações civis-militares, defesa cibernética, medicina militar, segurança energética, guerra naval de minas, defesa contra o terrorismo ou operações em climas frios.

O COE de Riga iniciou seus trabalhos em janeiro de 2014.

Conteúdo editado por:Fábio Galão
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