A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) recusou-se a pedir desculpas pelo ataque aéreo a tanques que matou rebeldes na Líbia. A organização alega não saber que a oposição estava usando esses veículos. "Eu não estou me desculpando", afirmou o almirante Russell Harding, vice-comandante das operações da Otan na Líbia, em entrevista à imprensa.
"A situação em campo era extremamente fluida e permanece assim. Até ontem, não tínhamos informação de que o TNC e as forças de oposição estavam usando tanques", afirmou o almirante, referindo-se ao conselho nacional de transição dos rebeldes (TNC na sigla em inglês).
Harding também negou que o conflito na Líbia esteja em um impasse, dizendo que a situação no país do norte da África era "fluida". Segundo ele, forças rivais têm avançado e recuado na rodovia entre Brega e Ajdabiya nas últimas 48 horas, mas em uma área relativamente pequena. O britânico Harding concedeu entrevista por videoconferência, falando de Nápoles, na Itália.
Na quinta-feira, o general norte-americano Carter Ham, que liderou o primeiro estágio da campanha aérea na Líbia, disse ao Senado dos Estados Unidos que o conflito parecia perto de um impasse. Segundo Ham, não é provável que os rebeldes consigam depor o líder Muamar Kadafi.
Uma porta-voz da Otan, Oana Lungescu, reiterou que uma solução política é crucial para resolver a crise na Líbia, não apenas o poder militar. Segundo ela, não pode haver uma solução puramente militar no conflito.
Nesta sexta-feira também, o jornal russo Komsomolskaya Pravda informou que dois jornalistas russos foram presos por rebeldes. Os repórteres foram detidos em Ajdabiya, segundo o jornal. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia já foi avisado do caso. O diário diz que perdeu o contato com os jornalistas. As informações são da Dow Jones.