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O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, disse na sexta-feira (19) que a aliança vai começar a transferir responsabilidades às forças afegãs no ano que vem, cumprindo um plano que, segundo funcionários da Otan, permitirá uma retirada substancial das tropas ocidentais até o final de 2014.

Alguns funcionários da Organização do Tratado do Atlântico Norte e do Pentágono manifestam dúvidas de que o prazo de 2014 possa ser alcançado, por causa da crescente ameaça representada pela insurgência do Taliban contra o fraco governo afegão.

Mas Rasmussen disse, antes do início da cúpula da Otan na sexta-feira e sábado em Lisboa, que a aliança de 28 nações está comprometida com esse prazo, e que depois disso deixará apenas um pequeno grupo de funcionários dando treinamento às forças locais.

O presidente dos EUA, Barack Obama, que no sábado se reúne em Lisboa com o presidente afegão, Hamid Karzai, apoiou a decisão de começar a transferência em 2011, e defendeu a reconciliação com o Taliban.

"(Os Estados Unidos da) América e seus aliados apoiam fortemente (...) um processo que busque a integração à sociedade daqueles membros do Taliban que concordem com alguns pontos principais: eles têm de abandonar a violência, romper relações com a Al Qaeda e concordar em viver sob as regras da Constituição afegã", disse Obama ao jornal espanhol El País.

Rasmussen disse a jornalistas que a Otan irá "anunciar que a transição para a responsabilidade afegã (pela segurança) está prestes a começar em 2011".

"Esperamos que esse processo seja completado até o final de 2014, para que as forças afegãs de segurança possam assumir a responsabilidade sobre todo o Afeganistão."

Durante a cúpula, os líderes da Otan devem anunciar a estratégia de saída, esperando encerrar um conflito que tem transcorrido mal para os EUA e seus aliados.

Os líderes também irão aprovar uma nova visão para a Otan na próxima década, salientando a necessidade de que a aliança esteja preparada para missões semelhantes no futuro. Eles também devem ampliar um sistema de defesa de mísseis, e esperam que o diálogo de sábado com o presidente russo, Dmitry Medvedev, melhore as relações com Moscou.

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