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Dois terços dos militares que estavam no local já deixaram a região | Arquivo/ Reuters
Dois terços dos militares que estavam no local já deixaram a região| Foto: Arquivo/ Reuters

A Otan (aliança militar ocidental) reconheceu na sexta (30) que a Rússia está retirando suas tropas da fronteira com a Ucrânia. Segundo a organização, dois terços dos militares que estavam no local já deixaram a região.

"Nós vimos sinais de pelo menos uma retirada parcial. Nossa estimativa é que dois terços das tropas russas tenham sido retiradas", disse o secretário-geral da entidade, Anders Fogh Rasmussen.

Ele pediu que a saída dos militares russos continue. "Nós elogiamos o que vimos, mas continuamos a pedir que a Rússia retire todas as tropas da fronteira ucraniana", afirmou o diplomata.

Segundo a Otan, a Rússia colocou junto à fronteira entre 35 e 40 mil soldados com tanques e aviões de combate.

A relação entre Moscou e Kiev entrou em crise depois que uma onda de protestos em fevereiro derrubou o então presidente, Viktor Yanukovich, aliado russo.

Após a queda, ele foi substituído por um governo interino pró-Ocidente.

No último dia 19, o governo russo já havia anunciado que iria retirar as tropas. A informação, porém, ainda não tinha sido confirmada pela Otan ou pelos Estados Unidos.

Rasmussen anunciou ainda que haverá um encontro entre a organização e representantes do governo de Vladimir Putin na próxima quinta (5). Será a primeira reunião entre os dois lados desde março.

Sequestrados

Também na sexta (30), forram libertados quatro observadores da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) que estavam sequestrados pelos separatistas de Lugansk.

Os próprios rebeldes confirmaram a informação a agência russa Interfax.

Os grupo foi detido na quinta (29) por homens armados na cidade de Severodonetsk, no leste da Ucrânia.

Novo presidente

O presidente Barack Obama se reunirá com o presidente eleito da Ucrânia, Petro Porochenko, na próxima quarta-feira (4), durante uma visita oficial à Polônia, informou a Casa Branca.

Este encontro, pouco antes de Porochenko assumir a presidência em 7 de junho, será realizado durante uma viagem europeia de Obama, que o levará também à Bélgica e França.

Esta viagem está destinada a garantir aos países do Leste europeu o compromisso dos Estados Unidos com a defesa da segurança de seus aliados depois da anexação Russa da Crimeia.

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