O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, reconheceu nesta quarta-feira (16) que a aliança tem responsabilidade de garantir que a guerra não se estenda para além da Ucrânia e admitiu que o conflito terá consequências duradouras para a segurança dos aliados.
"Essa é também a razão por que temos aumentado a presença militar na parte oriental da aliança", afirmou o líder da organização, em entrevista coletiva concedida junto com o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin.
As duas autoridades participariam da reunião entre os titulares da pasta de Defesa de todos os países que integram a Otan, em Bruxelas, na Bélgica. Stoltenberg garantiu que a guerra é "devastadora para a população ucraniana e também mudará nosso entorno de segurança".
O secretário-geral, contudo, garantiu que a aliança respondeu "de forma unida e rápida" e destacou que os membros da organização impuseram "severas sanções" à Rússia e proporcionam "apoio significativo para a Ucrânia, militar, financeiro e humanitário".
"Centenas de milhares de militares americanos na Europa e 40 mil soldados sob o comando direto da Otan, majoritariamente, no flanco oriental da aliança, respaldados por forças navais e aéreas", detalhou Stoltenberg.
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, garantiu, por sua vez, que foi possível tomar decisões "muito rápidas" diante da crise, e garantiu que a presença de Washington na reunião em Bruxelas "envia um sinal ao mundo de que seguimos unidos em nosso apoio à Ucrânia".
"A Ucrânia tem um governo legítimo e soberano. Apoiamos a capacidade de se defender e seguiremos apoiando", disse Austin, que reiterou o compromisso americano com o artigo 5 da Otan, segundo o qual um ataque contra um membro da aliança é um ataque contra todos eles.