• Carregando...
Rebeldes olham os destroços de um carro destruído depois de mais um ataque da Otan na Líbia | Youssef Boudlal/Reuters
Rebeldes olham os destroços de um carro destruído depois de mais um ataque da Otan na Líbia| Foto: Youssef Boudlal/Reuters

Aviões de combate da Orga­­ni­­zação do Tratado do Atlântico Nor­­te (Otan) bombardearam ontem a região de Jafra, a 600 quilômetros da capital Trípoli, de acordo com a agência oficial líbia Jana.

Os ataques foram feitos horas após os rebeldes líbios terem rejeitado um plano de paz negociado com líderes da União Africana (UA) e o ditador Muamar Kadafi ter alertado para uma "resistência fe­­roz" caso qualquer tipo de ação – incluindo de ajuda humanitária – tente entrar em território lí­­bio para acessar a cidade de Mis­­rata.

Citando fontes militares, a agên­­cia indicou que os ataques atingiram "zonas militares e ci­­vis", mas não informou se houve mortes ou danos nas infraestruturas.

No entanto, as fontes afirmam que após o bombardeio, os habitantes da cidade saíram às ruas para denunciar "a agressão dos colonialistas da Cruzada".

No domingo, os aviões dos aliados bombardearam algumas posições das forças leais ao ditador Muamar Kadafi em Ajdabiyah e em Misrata. Três dias antes, os mesmos aviões atacaram uma zona ao oeste da capital Trípoli.

Resistência feroz

A Chancelaria da Líbia ameaçou responder com "resistência fe­­roz" a "aproximação do território líbio a pretexto de missão hu­­manitária" e alertou ainda para a presença de soldados dispostos a defender a disputada cidade de Misrata, no oeste do país.

O Ministério de Relações Ex­­te­­riores "informou sobre o as­­sunto o Conselho de Segurança daOrganização das Na­­ções Uni­­das (ONU), a União Africana e a União Euro­­peia", divulgou a agên­­cia oficial líbia Jana.

"Os milhares de líbios que pe­­garam em armas desde o co­­meço da agressão colonialista cruzada contra a Líbia estão dispostos a defender Misrata", acrescentou a Chancelaria, reafirmando que a Líbia não aceitará "nenhuma ajuda, com exceção a fornecida pela Cruz Ver­­melha e o Crescente Ver­­melho".

Rejeição

Mais cedo, os rebeldes líbios re­­jeitaram o plano apresentado pe­­la União Africana (UA) como solução de paz e que incluía um cessar-fogo imediato, anun­­ciou o líder Mustafá Abdel­­kha­­lil du­­rante coletiva à imprensa em Ben­­ghazi (leste).

"A iniciativa apresentada es­­tá desatualizada. O povo pede a saída de Muamar Kadafi e de seus filhos", declarou Abdel­­khalil.

"Qualquer iniciativa que não leve em conta esta demanda não é digna de consideração."

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]