Aviões de combate da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) bombardearam ontem a região de Jafra, a 600 quilômetros da capital Trípoli, de acordo com a agência oficial líbia Jana.
Os ataques foram feitos horas após os rebeldes líbios terem rejeitado um plano de paz negociado com líderes da União Africana (UA) e o ditador Muamar Kadafi ter alertado para uma "resistência feroz" caso qualquer tipo de ação incluindo de ajuda humanitária tente entrar em território líbio para acessar a cidade de Misrata.
Citando fontes militares, a agência indicou que os ataques atingiram "zonas militares e civis", mas não informou se houve mortes ou danos nas infraestruturas.
No entanto, as fontes afirmam que após o bombardeio, os habitantes da cidade saíram às ruas para denunciar "a agressão dos colonialistas da Cruzada".
No domingo, os aviões dos aliados bombardearam algumas posições das forças leais ao ditador Muamar Kadafi em Ajdabiyah e em Misrata. Três dias antes, os mesmos aviões atacaram uma zona ao oeste da capital Trípoli.
Resistência feroz
A Chancelaria da Líbia ameaçou responder com "resistência feroz" a "aproximação do território líbio a pretexto de missão humanitária" e alertou ainda para a presença de soldados dispostos a defender a disputada cidade de Misrata, no oeste do país.
O Ministério de Relações Exteriores "informou sobre o assunto o Conselho de Segurança daOrganização das Nações Unidas (ONU), a União Africana e a União Europeia", divulgou a agência oficial líbia Jana.
"Os milhares de líbios que pegaram em armas desde o começo da agressão colonialista cruzada contra a Líbia estão dispostos a defender Misrata", acrescentou a Chancelaria, reafirmando que a Líbia não aceitará "nenhuma ajuda, com exceção a fornecida pela Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho".
Rejeição
Mais cedo, os rebeldes líbios rejeitaram o plano apresentado pela União Africana (UA) como solução de paz e que incluía um cessar-fogo imediato, anunciou o líder Mustafá Abdelkhalil durante coletiva à imprensa em Benghazi (leste).
"A iniciativa apresentada está desatualizada. O povo pede a saída de Muamar Kadafi e de seus filhos", declarou Abdelkhalil.
"Qualquer iniciativa que não leve em conta esta demanda não é digna de consideração."
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