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tensão

Ouattara acusa Gbagbo de ordenar assassinatos na Costa do Marfim

Alassane Ouattara, apontado por grande parte da comunidade internacional como vencedor da eleição presidencial na Costa do Marfim, disse nesta quinta-feira ter provas de que seu rival no pleito, Laurent Gbagbo, instigou os episódios de violência que aconteceram após a eleição e ordenou que agentes estrangeiros realizassem assassinatos.

"Laurent Gbagbo tem sangue nas mãos. Ele ordenou o assassinato de cidadãos por agentes estrangeiros", disse Ouattara à rádio Europe 1. "É claro que temos provas disso."

"Já escrevi ao secretário-geral das Nações Unidas para pedir que o Tribunal Penal Internacional envie uma equipe de investigadores à Costa do Marfim, e fui informado que isso acontecerá nos próximos dias."

A Costa do Marfim vive turbulências desde a eleição de 28 de novembro, que potências ocidentais e países africanos afirmam ter sido vencida por Ouattara. Gbagbo se manteve no poder e pediu nesta semana que uma missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) deixe o país.

Ouattara, que está morando em um complexo hoteleiro cujos acessos foram bloqueados, disse que cerca de 200 marfinenses morreram nos episódios de violência pós-eleitoral e mais de mil ficaram feridos.

Ele acrescentou que o grupo regional de países da África Ocidental, Ecowas, tem o dever de ordenar uma intervenção militar na Costa do Marfim caso Gbagbo não deixe o poder até o final de janeiro.

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