Um avião Boeing 747-400 da Qantas com mais de 400 passageiros a bordo fez um pouso de emergência em Cingapura na sexta-feira após problemas no motor, o segundo incidente envolvendo a companhia aérea australiana em dois dias.
A aeronave, que fazia o trajeto entre Cingapura e Sydney com 412 passageiros, estava em voo havia 20 minutos quando pediu "autorização prioritária" para retornar a Cingapura, disse uma porta-voz da Qantas.
A empresa disse em comunicado: "(O voo) QF6 de Cingapura a Sydney teve um problema em um de seus motores... e a aeronave pousou com segurança pouco depois sem incidentes".
A companhia afirmou que a medida foi preventiva. No entanto, passageiros da aeronave indicaram que o problema seria mais sério.
"Cerca de 20 minutos de voo ouvimos um forte estrondo... Foi um grande susto para a gente, especialmente após o que ocorreu ontem", disse à Reuters o australiano Ranjan Sivagnanasundaram.
Na véspera, um Airbus A380 da Qantas retornou a Cingapura e fez um pouso de emergência após uma explosão em um dos motores pouco depois da aterrissagem.
A falha de quinta-feira foi o mais grave incidente a ser registrado no maior avião de passageiros do mundo, que entrou em operação em 2007.
A Qantas suspendeu os voos com sua frota e outras companhias aéreas realizaram vistorias em seus A380.
A empresa australiana disse que uma peça com defeito ou falha no design podem ter causado o dano no motor, fabricado pela Rolls-Royce. O fabricante do motor do 747 da Qantas ainda é desconhecido.
Passageiros que conversaram com a Reuters afirmaram ter visto chamas em um dos motores do 747. Outros passageiros disseram ao canal NewsAsia, de Cingapura, terem sentido o cheiro de combustível queimando e visto fumaça.
Alguns dos que estavam a bordo do Boeing estavam no A380 que fez o pouso de emergência na véspera.