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Canadá

Outro partido aliado rompe com Trudeau e negocia moção de censura contra o premiê

Trudeau perde apoio de outro partido aliado e ver seu governo ficar ainda mais vulnerável
O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau (Foto: EFE/EPA/OLGA FEDROVA)

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O soberanista Bloco Quebequense (BQ) anunciou nesta terça-feira (29) que iniciou negociações para apresentar uma moção de censura contra o governo do primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, com quem rompeu um acordo de apoio.

O líder do BQ, Yves-Francois Blanchet, disse em entrevista coletiva, em Ottawa, capital canadense, que o governo Trudeau não cumpriu suas condições para continuar garantindo seu apoio.

Blanchet exigiu que o governo progressista apoiasse duas propostas legislativas do BQ, uma sobre aposentadorias e outra sobre a proteção do setor de laticínios, mas o governista Partido Liberal, liderado por Trudeau, se recusou.

O Partido Liberal, de Trudeau, tem apenas 153 dos 338 deputados na câmara baixa do Parlamento, portanto, precisa do apoio de um dos grupos de oposição para permanecer no poder. O BQ conta com 33 deputados.

O principal grupo de oposição, o Partido Conservador (PC), com 119 parlamentares, vem tentando há meses forçar uma eleição antecipada, programada para outubro de 2025.

Antes do BQ, o social-democrata Novo Partido Democrático (NPD), com 25 deputados, que até semanas atrás tinha um acordo com o Partido Liberal para garantir a sobrevivência do governo de Trudeau, também anunciou no início de setembro que não o apoiará mais, embora não tenha se mostrado a favor de uma moção de censura no momento.

Para complicar ainda mais a situação, a liderança de Trudeau no Partido Liberal atravessa a maior crise desde que ele chegou ao poder em 2015. Há uma semana, cerca de 24 parlamentares liberais assinaram uma carta exigindo que Trudeau deixasse a liderança do Partido Liberal e renunciasse ao cargo de primeiro-ministro, diante da queda dos liberais nas pesquisas.

Porém, em 24 de outubro, Trudeau, que conta com a rejeição de mais de 60% dos canadenses, disse que não tinha planos de renunciar e que se candidataria à reeleição.

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