Diretora executiva da Oxafam Internacional, Winnie Byanyima, gravou um vídeo em resposta às acusações de exploração sexual que envolvem a instituição de caridade| Foto: Youtube/Reprodução

A organização humanitária Oxfam Internacional anunciou nesta sexta-feira (16) que divulgará dados da investigação dos casos de abuso e assédio sexuais cometidos por seus funcionários em suas missões humanitárias.

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A promessa chega uma semana depois de o jornal londrino "The Times" ter informado que trabalhadores humanitários da entidade pagaram por sexo em missões após o terremoto no Haiti, em 2010, e no Chade.

Em nota, a organização afirma que instalará uma comissão internacional independente para "revisar as políticas, práticas, a cultura e a responsabilização da Oxfam relativas a casos de abuso sexual e de poder".

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O grupo faz parte do que a ONG chamou de transformação organizacional. Também preveem criação de um grupo de pessoas para dar referências profissionais e o aumento de recursos para "os processos de salvaguarda".

"A Oxfam, porém, não disse quando serão publicados os detalhes da investigação no Haiti. Isso será feito depois dos passos necessários para proteger a identidade de testemunhas inocentes", diz a organização, no documento.

Entenda o caso: Mulheres eram coagidas a se prostituir para receberem ajuda humanitária

Escândalo 

O escândalo levou à renúncia da vice-presidente da Oxfam, Penny Lawrence, que se disse responsável pelo que chamou de não atuar adequadamente ante à denúncia. Também colocou em xeque o financiamento do Reino Unido e da União Europeia às atividades.

Nesta quinta (15), o responsável pela equipe no Haiti na época, Roland Van Hauwermeiren, acusado de organizar orgias e de visitar bordéis, disse que não se coloca como vítima, mas que outros funcionários seriam prejudicados com falsas acusações.

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O belga admitiu ter tido sexo com uma haitiana depois de oferecer leite e fraldas à sua irmã mais nova em 2010. Também confirmou que foi dispensado seis anos antes da Oxfam por ir a uma festa com duas prostitutas na Libéria, mas negou os casos de prostituição no Chade.