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Vista de táxi triciclo circulando na parte antiga da cidade de Havana, em julho de 2019
Vista de táxi triciclo circulando na parte antiga da cidade de Havana, em julho de 2019| Foto:

Um grupo de cientistas cubanos apresentou nesta semana ao presidente da ilha, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, os resultados de um ensaio clínico sobre o uso da ozonioterapia via retal para tratar pacientes confirmados com o novo coronavírus.

Segundo a chefe da pesquisa, Sarahi Mendoz Castaño, do Centro Nacional de Investigações Científicas, descobriu-se que “ a associação da ozonioterapia ao tratamento convencional contra a Covid-19 aumentou em 40% o número de pacientes com resultado negativo para o exame PCR, após o quinto dia do tratamento”. Também houve redução, em média, de 3,5 dias do tempo de internação dos pacientes. A ozonioterapia foi apontada como segura, bem tolerada e sem nenhum incidente de biossegurança.

Com os resultados obtidos, segundo o site oficial Cubadebate, a aplicação retal de ozônio deverá ser incorporada como opção de tratamento coadjuvante em pacientes com resultado PCR positivo persistente, dentro do atual protocolo cubano para tratamento da Covid-19.

No Brasil, a técnica de aplicação de ozônio pelo ânus contra o coronavírus ganhou notoriedade, e rendeu polêmica, após o prefeito de Itajaí (SC), Voleni Morastoni, anunciar que a cidade faria um estudo sobre o tratamento alternativo. O Conselho Federal de Medicina (CFM) proíbe seu uso, exceto como terapia experimental, e informe recente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) considera que não há nenhuma evidência científica em favor da ozonioterapia no tratamento da Covid-19.

Um grupo de médicos e políticos defensores da técnica foi recebido no início de agosto pelo ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello. Após a reunião, o Ministério, por meio de nota, afirmou que "o efeito da ozonioterapia em humanos infectados por coronavírus ainda é desconhecido e não deve ser recomendado como prática clínica ou fora do contexto de estudos clínicos".

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