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Uma versão do célebre jogo Pac Man que produz choques elétricos nos jogadores revelou como o cérebro humano reage ao perigo iminente. Voluntários jogaram um game parecido com o Pac Man, no qual tinham de andar mais rápido que um predador enquanto ele os seguia em um labirinto. Se fossem pegos, recebiam um choque na mão.

O estudo, feito no Centro de Neuroimagem da University College London, na Inglaterra, revelou que quando a ameaça estava longe os jogadores usavam predominantemente a região do córtex pré-frontal do cérebro, que é utilizada para planejar tarefas complexas, como um plano de fuga.

Quando o predador estava próximo, a atividade rapidamente mudava para uma parte mais primitiva do cérebro, chamada de área cinzenta periaqueductal, que é responsável pelo mecanismo de sobrevivência e dá respostas rápidas aos estímulos.

Segundo o jornal britânico "The Guardian", o estudo é o primeiro a capturar em humanos essa mudança de local na atividade cerebral, que está situada no centro de um dos mecanismos de defesa evolutivos mais primitivos.

Dean Mobbs, líder da pesquisa, afirmou que seu trabalho revelou como o medo afeta o cérebro quando o perigo físico está por perto. "Quanto mais perto uma ameaça está, mais impulsivas suas respostas a ela serão", afirma. "Na verdade, menos livre-arbítrio você terá".

Para Chris Frith, co-autor da pesquisa, o entendimento das reações das pessoas ao medo pode ajudar a entender distúrbios de ansiedade como ataques de pânico. Um mau funcionamento no balanço entre o uso das duas regiões do cérebro poderia explicar porque pessoas com distúrbios de pânico reagem de forma exagerada a situações que não fornecem perigo imediato.

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