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Buenos Aires (Folhapress) – Em reunião com o presidente argentino Néstor Kirchner, representantes das principais redes de supermercados da Argentina concordaram em estudar formas de reduzir o preço de 280 alimentos em 15% até o final de janeiro. Estiveram presentes na reunião os ministros Julio de Vido (Planejamento), Felisa Miceli (Economia) e Alberto Fernández (chefe de gabinete de ministros), além de representantes dos supermercados Coto, Wal Mart, Carrefour e Jumbo.

O encontro aconteceu após Kirchner acusar as grandes redes de varejo de "cartelização’’ e anunciar medida para frear o aumento dos preços – inclusive elevando impostos para a exportação dos produtos com o objetivo de aumentar a oferta no mercado interno. O país tenta manter a inflação de 2005 em até 10,5%. O mercado prevê que esse índice seja ultrapassado. O forte crescimento dos últimos três anos estaria favorecendo a elevação dos preços.

O governo argentino inaugurou uma nova fase com a posse de quatro ministros, entre eles Miceli, a primeira mulher a comandar a economia do país, em substituição a Roberto Lavagna. Também assumiram ontem os ministros das Relações Exteriores, Jorge Taiana; da Defesa, Nilda Garré, e do Desenvolvimento Social, Juan Carlos Nadalich.

O ex-vice-chanceler Taiana substitui Rafael Bielsa, enquanto Garré substitui José Pampuro e Nadalich, a Alicia Kirchner, irmã do presidente. Miceli, de 51 anos, é bacharel em Economia defensora das políticas estatais e que atuava até agora como presidente do Banco de la Nación, o principal do país.

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