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Eleições

Pacto fiscal divide líderes franceses

O socialista François Hollande acena à direita com medidas para reduzir o número de imigrantes | Fred Dufour/AFP
O socialista François Hollande acena à direita com medidas para reduzir o número de imigrantes (Foto: Fred Dufour/AFP)

Os candidatos à Presidência francesa, o socialista François Hollande e o conservador Ni­­colas Sarkozy, que busca a reeleição, travaram um duelo nesta semana sobre a reforma do pacto fiscal europeu e a introdução de medidas de estímulo do crescimento ao texto original.

Enquanto Hollande insistiu em sua intenção de renegociar o acordo para introduzir medidas de estímulo da atividade econômica, Sarkozy apostou em sua manutenção e na prioridade da redução da dívida e do déficit.

Os dois políticos expressaram suas diferenças sobre a forma de abordar os desequilíbrios fiscais da Europa e fomentar o crescimento­­ econômico.

Hollande reiterou sua intenção de fazer sua primeira viagem como presidente para Berlim, com o objetivo de renegociar o pacto fiscal, assinado em março por 25 membros da União Europeia (UE), com a chanceler alemã Angela Merkel.

"Merkel será contra alguns pontos, mas haverá negociação. A Alemanha não vai decidir por toda Europa", afirmou o candidato socialista, que disse detectar uma onda de adesão a sua proposta de favorecer o crescimento econômico com políticas públicas.

O líder socialista acrescentou que "inclusive os especialistas econômicos e os mercados acham que sem crescimento econômico não se poderá cumprir os compromissos sobre a dívida".

Redução da dívida

Sarkozy afirmou que a França "não viveu nenhum trimestre de recessão" e indicou que a prioridade é reduzir a dívida para recuperar a autonomia orçamentária.

O atual presidente criticou a proposta de seu rival de contratar 60 mil funcionários para o ensino público porque isto impediria o país de alcançar os objetivos de déficit. "Há algum país que pense que o crescimento se faz contratando 60 mil funcionários?", perguntou o candidato.

Sarkozy voltou a citar a Espanha como exemplo negativo e assegurou que a França não se encontra na mesma situação graças às reformas que empreendeu, entre as quais destacou o aumento da idade de aposentadoria.

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