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VATICANO - O cardeal Clemens August von Galen, que durante a Segunda Guerra na Alemanha denunciou as atrocidades nazistas a partir de seu púlpito, foi elevado ao nível dos "abençoados da Igreja" em uma cerimônia neste domingo.

Aristocrata alto e imponente, Galen ficou conhecido como o "Leão de Muenster" por seus fortes ataques às políticas de Adolf Hitler, principalmente em relação às campanhas de eutanásia que mataram quase 100 mil doentes mentais e deficientes físicos alemães.

- As duras palavras do bispo atingiram o coração da máquina da morte do nacional-socialismo - disse o cardeal José Saraiva Martins, que presidiu o serviço de beatificação na Basílica de São Pedro.

O Papa João Paulo II, morto em abril, costumava conduzir pessoalmente cerimônias desse tipo durante os 26 anos de papado, e com freqüência as transformava em celebrações enormes ao ar livre.

Seu sucessor, o Papa Bento XVI, é mais reservado e decidiu delegar os serviços, levantando especulações de que pode diminuir o ritmo frenético de santificações, uma marca do período de João Paulo II.

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